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Brasileiro Cildo Meireles leva instalação "penetrável"
DO ENVIADO A VENEZA
A instalação que o artista
brasileiro Cildo Meireles mostra na Bienal de Veneza é uma
espécie de "penetrável", conceito desenvolvido pelo também carioca Hélio Oiticica
(1937-1980) para seus ambientes -obras nas quais o espectador é convidado a entrar.
No caso, trata-se de uma sequência em linha reta de seis
salas interligadas, pintadas
com cores impactantes, que o
visitante pode atravessar numa
direção ou noutra.
Em cada uma das salas, o artista, que não esteve presente
na abertura do evento, afixou
uma tela de TV reproduzindo
uma a uma as cores escolhidas:
vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul e violeta.
A instalação não faz parte do
pavilhão brasileiro -é uma escolha da curadoria geral da Bienal, assim como os trabalhos de
Lygia Pape (1927-2004), Renata Lucas e Sara Ramo, todos
exibidos no Arsenale, um grande pavilhão que foi em outros
tempos um arsenal militar.
Ramo, artista brasileira de
origem espanhola, tem duas
obras no local. No interior do
pavilhão, ela exibe um vídeo
(que foi mostrado na galeria
Fortes Vilaça, em São Paulo, no
ano passado) intitulado "Quase
Cheio, Quase Vazio".
Do lado de fora do prédio,
criou uma casa-instalação inspirada na célebre história infantil de João e Maria.
A artista, que vive e trabalha
em Belo Horizonte, considera
que esse é o "mais narrativo" de
seus trabalhos. "A ideia", diz
Ramo, "é que as pessoas entrem fisicamente na historia
deles".
(MAG)
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