DA REPORTAGEM LOCAL

O curador brasileiro Nelson Aguilar acaba de ser convocado para uma seleção em Berlim. O time com dez pessoas é variado: vai desde o indiano e sul-africano Sarat Maharaj, curador-assistente da Documenta de Kassel, ao africano de Benin Koffi Kôkô, bailarino e coreógrafo, residente em Paris, passando pelo alemão Dieter Kosslick, diretor do Festival de Cinema de Berlim.
O grupo foi convocado para o Conselho Consultivo da Casa das Culturas em Berlim (Haus der Kulturen der Welt), com um mandato de quatro anos.
"Acho que me convidaram para causar uma espécie de calmaria aí no meio dessa comunidade diversa", diz Aguilar. Curador da 22ª e 23ª Bienais de São Paulo, atualmente ele é curador da Bienal do Mercosul.
"Hans Georg Knopp, diretor da instituição, esteve na Mostra do Redescobrimento e foi então que nos conhecemos, creio que foi a partir daí que surgiu o interesse."
Um dos primeiros projetos que o conselho deve cuidar é "Atlântico Negro", uma grande mostra programada para 2004, que deve apresentar também artistas brasileiros. "Estou monitorando o projeto para passar a mãos competentes", diz o curador. A primeira reunião do conselho será realizada em outubro.
A Casa das Culturas foi criada na década de 50, localizada a apenas alguns metros do Muro de Berlim, para apresentar a arte contemporânea da Ásia, África e América Latina, dentro da política da Guerra Fria de aproximação com países do Terceiro Mundo. Atualmente, é um dos melhores espaços voltados à experimentação em Berlim. (FCY)


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