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VIDA DE MENINA
Carolina Oliveira, 10, estreará no cinema com texto de Mário Prata
"Mariazinha" curte seu estrelato
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi há pouco mais de um ano
que a mãe de Carolina Oliveira
recebeu o telefonema que mudaria a vida de toda a família: a
garota, com dez anos e sem experiência artística, tinha sido escolhida para ser a protagonista
de "Hoje É Dia de Maria".
Menos de uma semana depois, a menina de vida simples
do interior paulista já realizava
seu primeiro sonho: tomar banho de banheira, num hotel do
Rio. "Quase virei sopa", comentou ela, no dia seguinte, à atriz
Maria Clara Fernandez, responsável por garimpar Carolina em
meio a 1.800 concorrentes.
Mas o maior sonho seria realizado meses depois, quando ela
já era uma "minicelebridade":
conhecer Sandy e Junior. "Fiquei tão paralisada...", conta.
O próximo é visitar a Disney
com o irmão, Leonardo, de seis
anos. O pequeno, aliás, fará o
primeiro teste para tentar entrar
no mundo da irmã famosa. Está
cotado para contracenar com
ela no curta "Sexta-Feira à Noite", com texto de Mário Prata, a
ser rodado no fim deste mês.
Só então conseguirá alguns
dias de "vida normal" após meses de agenda lotada com preparação e gravação da série e compromissos firmados por empresário ou assessores. Mas as férias devem ser curtas. Carolzinha, como é chamada pelos colegas globais, se tornou a criança
mais cobiçada para as novelas.
Não pôde estrear em "Belíssima" (próxima das oito), em razão da segunda temporada de
"Hoje É Dia", mas é cotada para
a seguinte, "Páginas da Vida",
de Manoel Carlos. Isso fora os
convites para atuar no cinema.
Com a Globo, assinou contrato de dois anos no dia seguinte à
estréia da série, em janeiro. A
cúpula da emissora se impressionou com seu talento e ofereceu bem mais do que o vínculo
por obra, com salário de R$
2.000. A garota, que vive na ponte aérea e circula com motorista,
se mostra feliz com tanta novidade, mas não deslumbrada.
Ainda que tenha de se mudar
para o Rio, quer manter a casa
de dois quartos em São José dos
Campos (SP). O pai continuará
sendo motorista de ônibus. "Ele
gosta da profissão dele."
Ela e o irmão trocaram a escola municipal por uma particular. A mãe deixou o trabalho de
auxiliar de dentista para acompanhá-la: "Ela agora é a minha
mãe", brinca, espertíssima.
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