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Iniciativa causa controvérsia
DA REPORTAGEM LOCAL
Milú Villela, presidente do
MAM, acha que a extensão a
shoppings ou áreas internas de
empresas não afeta a imagem do
museu. "Ao contrário. Favorecemos a dessacralização do acesso a
obras de arte, aumentando ainda
o acervo do museu. Criamos uma
política de administração."
Partilha da mesma opinião Lélia
Coelho Frota, diretora do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro. "É
extraordinário tornar museus
mais democráticos."
A crítica de arte Aracy Amaral,
integrante da comissão de arte do
MAM, pondera a situação. "Será
que isso criaria um hábito de levar
pessoas aos museus? Em que medida isso vai funcionar?" Segundo
ela, a estratégia fica entre o consumismo e o entretenimento.
Quanto à ida do Masp ao centro
da cidade, Aracy diz: "É mais fácil
construir que dinamizar. O centro velho foi superado por outros
centros. Será que pode ser recuperável?".
Ivo Mesquita, crítico de arte,
afirma que é estranho ter museu
dentro de shopping center, mas
trata-se de uma estratégia de marketing. "É uma tendência."
Ele cita as lojas do Metropolitan,
de Nova York, que chegam a movimentar, por ano, US$ 100 milhões. "Os museus tornaram-se
parte do imaginário das pessoas e
da economia." Mas indaga: "Com
que base estão sendo feitas essas
expansões e com quais objetivos?". José Teixeira Coelho Netto,
diretor do MAC, não quis comentar a iniciativa do MAM. Mas diz
que nunca pensou em fragmentar
o museu.
(FC)
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