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Em sua estreia, americano aborda a Guerra do Iraque
DA ENVIADA A BERLIM
Título norte-americano exibido ontem em competição pelo Urso de Ouro do 59º Festival
de Berlim, "The Messenger" (o
mensageiro) tem na Guerra do
Iraque o mote de sua trama,
mas "não é um filme sobre a política externa dos EUA", como
assinalou o diretor de origem
israelense Oren Moverman,
que estreia com esse longa.
Ferido no Iraque, o sargento
Will (Ben Foster) retorna aos
EUA, onde é designado para a
função de comunicar a morte
em combate aos parentes mais
próximos das vítimas.
Will e o capitão Tony Stone,
seu companheiro na missão
(Woody Harrelson), usam o
humor para tentar contornar a
densidade das situações. "Podia ser pior?", pergunta Will,
quando a chegada dos dois à casa da mulher de um militar
atrai a atenção de todo o quarteirão. "Sim, poderia ser Natal!", é a resposta de Tony, após
a reação irada de uma mãe, ao
saber da morte do filho.
Moverman contou que o
Exército dos EUA colaborou
com o filme, dando conselhos.
Depois de dizer que "o mensageiro é o filme", ele evitou responder a pergunta sobre se a
mensagem que quis transmitir
com ele é pró ou antiguerra.
Foster também escapou do
tema dizendo que "a política é
[algo] inteligente demais" para
ele. Já Harrelson enfatizou ter
"profundo respeito pelos militares, pessoas que vão para o
Exército não em busca de dinheiro, mas porque acreditam
que poderão fazer o bem".
Ao comentar a mudança presidencial nos EUA, Moverman
disse que o país "passará de
uma política externa reativa a
uma mais reflexiva".
(SA)
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