São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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Em sua estreia, americano aborda a Guerra do Iraque

DA ENVIADA A BERLIM

Título norte-americano exibido ontem em competição pelo Urso de Ouro do 59º Festival de Berlim, "The Messenger" (o mensageiro) tem na Guerra do Iraque o mote de sua trama, mas "não é um filme sobre a política externa dos EUA", como assinalou o diretor de origem israelense Oren Moverman, que estreia com esse longa.
Ferido no Iraque, o sargento Will (Ben Foster) retorna aos EUA, onde é designado para a função de comunicar a morte em combate aos parentes mais próximos das vítimas.
Will e o capitão Tony Stone, seu companheiro na missão (Woody Harrelson), usam o humor para tentar contornar a densidade das situações. "Podia ser pior?", pergunta Will, quando a chegada dos dois à casa da mulher de um militar atrai a atenção de todo o quarteirão. "Sim, poderia ser Natal!", é a resposta de Tony, após a reação irada de uma mãe, ao saber da morte do filho.
Moverman contou que o Exército dos EUA colaborou com o filme, dando conselhos. Depois de dizer que "o mensageiro é o filme", ele evitou responder a pergunta sobre se a mensagem que quis transmitir com ele é pró ou antiguerra.
Foster também escapou do tema dizendo que "a política é [algo] inteligente demais" para ele. Já Harrelson enfatizou ter "profundo respeito pelos militares, pessoas que vão para o Exército não em busca de dinheiro, mas porque acreditam que poderão fazer o bem".
Ao comentar a mudança presidencial nos EUA, Moverman disse que o país "passará de uma política externa reativa a uma mais reflexiva". (SA)


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