São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2005

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CINEMA/"SR. E SRA. SMITH"

Ator lança filme em meio a boatos de que romance com Angelina Jolie causou seu divórcio

Pitt leva às telas relacionamento difícil

Divulgação
Os atores Angelina Jolie e Brad Pitt em cena de "Sr. e Sra. Smith", dirigido por Doug Liman, que chega aos cinemas brasileiros


DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, o ator Brad Pitt deve estar feliz. Com a estréia mundial de "Sr. e Sra. Smith", protagonizado por ele e por Angelina Jolie, sua vida pessoal sai finalmente da frente de sua vida profissional. Ao menos por uns breves momentos, até se perceber que a trama de "Sr. e Sra. Smith" tem bastante a ver com sua separação da atriz Jennifer Aniston ("Friends").
No filme, John (Pitt) e Jane (Jolie) são casados há alguns anos, mas o relacionamento está morno. Até que eles se descobrem ambos assassinos profissionais. Como? Um é contratado para eliminar o respectivo cônjuge.
OK, na vida real não daria para ser tão parecido, mas, aos 41 anos, Pitt dá sinais de que está entrando na crise dos 40. Após menos de cinco anos -no longa, a relação dura mais-, ele e Aniston desde março providenciam o divórcio, não sem brigas por uma fortuna estimada em US$ 190 milhões (cerca de R$ 465 milhões), incluindo mansão, iate, fazenda e uma produtora de filmes.
Após várias crises, o casamento não sobreviveu aos boatos do caso entre Pitt e Jolie durante as filmagens. Jolie nega: "Meio mundo acredita que sou a causa da separação. Mas a verdade é que estava lá apenas como um ombro amigo, para tentar ajudá-lo na dor. Ele quer ser pai, e foi difícil para ele que isso não tenha ocorrido", declarou em janeiro a uma TV.
Outra especulação para a separação do casal foram rumores de que Aniston não queria ser mãe. O ator nega: "É ridículo... isso foi completamente fabricado. É a mania de transformar um em vilão e o outro em mocinho. Nessas histórias, você tem 2% de verdade, o resto é puro lixo".
Durante a divulgação de "Sr. e Sra. Smith", ele se esquivou de falar sobre o assunto: "Tenho sido notícia desses tablóides por 14 anos. Em algum momento, você se torna um mestre zen".
Pitt é famoso por namorar colegas de trabalho. Em 90, Juliette Lewis era seu par em "Dias de Violência", que também funcionava fora das câmeras. Hoje, ela diz não agüentar mais falar sobre isso. "É passado. Foi algo que aconteceu quando éramos adolescentes." Depois, teve um longo relacionamento com Gwyneth Paltrow, que até hoje afirma que ele "partiu" seu coração.
Jolie, 30, também não é novata em separações. Em 2003, oficializou o rompimento com Billy Bob Thornton, seu segundo divórcio.
OK, hora de falar do filme em si. Com orçamento de US$ 100 milhões (R$ 245 milhões), "Sr. e Sra. Smith" é uma comédia de ação dirigida por Doug Liman, que já vinha de outro filme cheio de tiros e bombas. "A Identidade Bourne" (2002), com Matt Damon, foi seu tópico anterior numa lista de currículo que conta só com cinco longas, entre eles "Vamos Nessa" (99) e "Swingers" (96).
A produção tem roteiro de Simon Kinberg, o que também originou um romance, escrito por Cathy East Dubowski e oportunamente lançado agora no Brasil pela editora Nova Fronteira (R$ 29, 248 págs.). A obra não traz nem o nome da autora em suas páginas, para dar a impressão de que o livro foi feito a partir das sessões de psicanálise do casal ao fictício dr. Marx Wexler. Em compensação, Pitt e Jolie estão nas capas.
A vontade de que a vida profissional volte à frente das perguntas dos jornalistas não cessa, por isso Pitt já tem quatro projetos engatilhados. O primeiro a ficar pronto deve ser "Babel", com direção de Alejandro González Iñárritu. Em seguida, viverá Jesse James num faroeste de Andrew Dominik.

Com agências internacionais

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