São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005 |
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MÚSICA Vocalista do Pearl Jam fala sobre política, briga com corporações, a suposta reclusão da banda e os shows no Brasil "Nunca quis ser megastar", diz Vedder
DA REPORTAGEM LOCAL
Folha - Você participou da campanha de Ralph Nader [candidato independente] nas eleições presidenciais norte-americanas de 2000 e escreveu uma canção chamada "Bushleaguer", em que critica George Bush. Por que optou por Nader e qual o sentimento em relação à política dos EUA hoje? Eddie Vedder - Apoiei Nader, com a banda, porque o considerávamos o mais progressista ali. Além disso, sentíamos que Al Gore tinha uma oportunidade forte de vencer a eleição sem muito esforço, já que concorria com um desajeitado governador do Texas. Queríamos aproveitar a oportunidade de apoiar uma terceira via, de levantar questões que não eram comentadas pelos democratas e pelos republicanos. É incrível olhar para trás e ver o que aconteceu de lá para cá. Especialmente no último ano, desde que Bush foi reeleito, tantas coisas aconteceram que parece ter sido o ano mais longo pelo qual já passei. Não é um tempo fácil para nós americanos. Sabemos que muitas coisas poderiam ter sido evitadas. Folha - Durante os anos 90, o
Pearl Jam era tido como uma banda que se autosabotava, ao recusar
conceder entrevistas, participar de
campanhas de marketing dos discos, ao escolher canções difíceis como singles. Vocês realmente recusaram o sucesso? Folha - Foi notória a briga de vocês com a Ticketmaster [empresa
que controla a venda de ingressos
para shows nos EUA; a banda queria baixar preços]. No final, vocês
não conseguiram o resultado esperado. Algo mudou com aquilo? Folha - O grunge mudou o jeito de
o rock ser feito. Há quem diga que
foi uma revolução. Concorda? Folha - Pearl Jam é uma das bandas mais esperadas para tocar no
Brasil nos últimos 15 anos. Tinha
idéia que eram tão grandes aqui? |
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