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Evento destaca Ozon, noite e terror
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua 13ª edição, o Mix Brasil
dá foco a produções sobre a noite,
afinal, é lá que a diversidade sexual costuma se revelar de corpo
inteiro. "Não é sobre a cultura
clubber, porque senão fica pobre,
mas para olhar como a noite é um
momento de se repensar a vida,
afinal essa é também uma das razões da própria sala escura do cinema", conta Suzy Capó, uma das
diretoras do festival.
Para tanto, uma das sessões do
festival, "It's Party Time", apresenta um balanço da produção
sobre a cena noturna a partir dos
anos 70. É o caso de "Kinky Gerlinky", de Dick Jewel, com cenas
do legendário clube britânico, no
início dos anos 90, com a participação de estrelas da noite, entre
elas, Roberta Close. Nessa sessão,
são exibidos ainda o clássico "Paris Is Burning", de Jennie Livingstone, sobre a noite nova-iorquina,
e o novo "São Paulo Noite 2000",
de Rodrigo Dutra, Dácio Pinheiro
e Daniel Zanardi.
Para este ano, além da noite e da
costumeira programação de curtas, o Mix se volta para produções
chinesas e sul-africanas, e o diretor homenageado é o francês
François Ozon, que comparece
em duas sessões de curtas e médias do início de sua carreira (veja
programação completa em
http://mixbrasil.uol.com.br/festival/mixbrasil13/home.htm).
Como esta é 13ª edição do evento, o número 13 foi assumido com
um programação de filmes de terror, com produções como o clássico "Nosferatu", de F. W. Murnau e "Hell Bent", um dos filmes
que abre hoje a mostra, do norte-americano Paul Etheredge-Ouzts.
Outro foco do festival é a sessão
Resgate. "Todo ano tentamos resgatar filmes que são inéditos ou
pouca gente viu", conta André
Fischer, também diretor do festival. Para a 13ª edição, Rubens Machado Junior assina a curadoria
desse segmento e apresenta filmes
históricos do underground brasileiro dos anos 70, entre eles
"Agrippina É Roma-Manhattan",
de Hélio Oiticica, e "Amsterdã
Erótica", de Paulo Bruscky.
No total, o Mix 2005 apresenta
cerca de 200 produções de 20 países, em oito espaços da cidade.
Após São Paulo, o festival segue
para o Rio de Janeiro (22/11 a 4/
12) e Brasília (30/11 a 11/12). O orçamento total do evento é R$ 450
mil. "De certa forma, estamos estabilizados, o tamanho é o mesmo
do ano passado, e há até menos
filmes brasileiros, pois estamos ficando mais rigorosos. Já passou o
tempo em que só porque era brasileiro entrava. Agora interessa
também qualidade", diz ainda
Capó.
(FCY)
13º Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual - Mix Brasil 2005
Quando: abertura, hoje (para
convidados); de 10 a 20/11
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil;
Galeria Olido; Cinesesc; Espaço Unibanco
de Cinema; Reserva Cultura; Cinusp;
House of Erik!a Palomino; Instituo Tomie Ohtake
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