|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Newman ensaia seu cinismo em filme de 62
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ser o mais dramático dos rebeldes na tela, e, se possível,
também na vida real. Esse era o
norte da jovem geração de atores da Hollywood dos anos 50.
Alguns levaram a cabo essa
mescla entre ficção e realidade,
como James Dean e, sobretudo, Marlon Brando, que foi ao
extremo e levou a sua inquietude nascida nas ruas não só para
os filmes, como, mais dramaticamente, para o seu corpo, que
tomou formas adiposas não
menos que revolucionárias.
Do outro lado, estava Paul
Newman, com sua silhueta intacta, sempre esbelto e vigoroso. Rebelde, ainda, mas sobretudo um boa pinta, o que fazia
dele um ator híbrido, entre o
glamour e o corpo selvagem.
O cinismo é o resultado desse
casamento. Algo que está, por
exemplo, no jovem impostor de
"Doce Pássaro da Juventude" (Turner Classic Movies,
22h), que, em 1962, seria um
belo ensaio para o alto vôo que
ele faria duas décadas mais tarde, quando compôs o duro personagem do advogado de acusação alcoólatra no filme "O
Veredito".
Texto Anterior: Documentário: Filme mostra apocalipse sensacionalista Próximo Texto: Seminário da Bienal discute o Acre Índice
|