São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Newman ensaia seu cinismo em filme de 62

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ser o mais dramático dos rebeldes na tela, e, se possível, também na vida real. Esse era o norte da jovem geração de atores da Hollywood dos anos 50. Alguns levaram a cabo essa mescla entre ficção e realidade, como James Dean e, sobretudo, Marlon Brando, que foi ao extremo e levou a sua inquietude nascida nas ruas não só para os filmes, como, mais dramaticamente, para o seu corpo, que tomou formas adiposas não menos que revolucionárias.
Do outro lado, estava Paul Newman, com sua silhueta intacta, sempre esbelto e vigoroso. Rebelde, ainda, mas sobretudo um boa pinta, o que fazia dele um ator híbrido, entre o glamour e o corpo selvagem.
O cinismo é o resultado desse casamento. Algo que está, por exemplo, no jovem impostor de "Doce Pássaro da Juventude" (Turner Classic Movies, 22h), que, em 1962, seria um belo ensaio para o alto vôo que ele faria duas décadas mais tarde, quando compôs o duro personagem do advogado de acusação alcoólatra no filme "O Veredito".


Texto Anterior: Documentário: Filme mostra apocalipse sensacionalista
Próximo Texto: Seminário da Bienal discute o Acre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.