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HOMENAGEM
Niemeyer e Jorge Amado passam a nomear naves da Vasp
Aviões são batizados com nomes de artistas brasileiros
da Reportagem Local
O escritor colombiano Gabriel
García Márquez já escreveu em
uma crônica que nunca conheceu
ninguém com tanto medo de avião
quanto Oscar Niemeyer. Ironia do
destino: a partir de fevereiro, o nome do arquiteto deve batizar uma
aeronave da Vasp.
A medida faz parte de um projeto
da empresa de dar nomes de grandes personalidades brasileiras a
nove de seus aviões MD-11.
Além de Niemeyer, também serão homenageados Jorge Amado,
Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Tom Jobim e
Heitor Villa-Lobos, entre outros.
"Fico lisonjeado com a gentileza,
mas, quanto a viajar no avião com
meu nome, isso já é outra história", disse o arquiteto, que completou 91 anos em dezembro.
São famosas suas histórias sobre
avião. Certa vez, o então presidente Juscelino Kubitschek o convidou para voar de Brasília ao Rio.
Recusou o convite e resolveu ir de
carro -no caminho, sofreu um
acidente que o deixou hospitalizado por 15 dias.
Fidel Castro já chegou a chamar
Niemeyer para fazer um projeto na
praça da Revolução, em Havana,
capital de Cuba. Mais uma vez o
medo o impediu de viajar.
"Mas consegui vencer esse medo
e já andei de avião muitas vezes. De
Concorde, por exemplo, me senti
seguro", afirmou ele, que até hoje
vai de carro a São Paulo.
Tendência
Segundo a assessoria de imprensa da Vasp, o projeto acompanha
tendência de outras empresas aéreas, como a TAP-Air Portugal,
que batizou parte de seus aviões
com nomes de navegadores portugueses.
A espanhola Iberia possui aeronaves Pablo Picasso, Miguel de
Cervantes, García Lorca etc.
Até agora, a Vasp tem apenas
quatro aeronaves "batizadas":
Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora da Penha, Armando
Salles de Oliveira e Luís Eduardo
Magalhães. Os nomes são pintados
na cauda do avião.
No futuro, a empresa pensa em
homenagear o piloto Ayrton Senna, morto em 1994.
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