São Paulo, segunda, 11 de janeiro de 1999

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TRIP HOP
Trio de Bristol lança box set que resume oito anos de estrada
Massive Attack compila todos os seus singles em nova caixa

LUCIANO VIANNA
VALÉRIA ROSSI
especial para a Folha, de Londres

Foi lançada na Inglaterra no mês passado a caixa "Massive Attack -Singles 90/98", que contém os 11 singles lançados pelo grupo até agora, com 63 músicas no total, passando a trajetória da banda a limpo, desde o primeiro, "Daydreaming", que saiu no mercado em 1990, até o último, "Inertia Creeps", lançado no Reino Unido em outubro do ano passado.
Quem viu a banda em setembro passado, nas apresentações do Free Jazz no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre, sabe que entrar no universo angustiante e tortuoso do Massive Attack pode ser um processo doloroso. Mais ainda quando os oito anos da banda são revisitados de uma vez só.
Formado por Robert Del Naja (3D), Grant Marshall (Daddy Gee) e Andrew Vowles (Mushroom), todos com mais de 30 anos, o grupo, da cidade de Bristol (Inglaterra), é considerado o principal nome do trip hop.
A política, ao lado da angústia existencial, é um dos principais temas e marca registrada do comportamento e da música do grupo.
Além de seus três integrantes fixos, o Massive Attack já viu passar por suas trincheiras convidados de peso como Shara Nelson (atualmente um dos maiores sucessos britânicos, com o grupo Presence), Horace Andy, Tricky, Nicolette, Tracey Thorn e Liz Frasier.
Durante os seus oito anos de atividade, o Massive Attack lançou oficialmente apenas três álbuns: "Blue Lines" (1990), "Protection" (1994) e "Mezzanine" (1998).
A caixa de singles traz, além das versões originais de hits, um bom número de versões remixadas, a maioria inédita no Brasil.
Passeando entre o trip hop, o dub, a dance music comercial e até o hard tecno, é nas faixas remixadas que estão algumas das maiores preciosidades do box set, como a versão climática de "Karmacoma" (feita pelo Portishead), o remix para as pistas de "Unfinished Sympathy" (de Nellee Hooper) e alguns remixes famosos do último disco. São os casos da versão lentíssima de "Angel", feita pela banda Blur, e de outra cheia de guitarras, criada pelo grupo Manic Street Preachers para "Inertia Creeps".



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