|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRIP HOP
Trio de Bristol lança box set que resume oito anos de estrada
Massive Attack compila todos os seus singles em nova caixa
LUCIANO VIANNA
VALÉRIA ROSSI
especial para a Folha, de Londres
Foi lançada na Inglaterra no mês
passado a caixa "Massive Attack
-Singles 90/98", que contém os 11
singles lançados pelo grupo até
agora, com 63 músicas no total,
passando a trajetória da banda a
limpo, desde o primeiro, "Daydreaming", que saiu no mercado
em 1990, até o último, "Inertia
Creeps", lançado no Reino Unido
em outubro do ano passado.
Quem viu a banda em setembro
passado, nas apresentações do
Free Jazz no Rio, em São Paulo e
em Porto Alegre, sabe que entrar
no universo angustiante e tortuoso
do Massive Attack pode ser um
processo doloroso. Mais ainda
quando os oito anos da banda são
revisitados de uma vez só.
Formado por Robert Del Naja
(3D), Grant Marshall (Daddy Gee)
e Andrew Vowles (Mushroom),
todos com mais de 30 anos, o grupo, da cidade de Bristol (Inglaterra), é considerado o principal nome do trip hop.
A política, ao lado da angústia
existencial, é um dos principais temas e marca registrada do comportamento e da música do grupo.
Além de seus
três integrantes fixos, o
Massive Attack
já viu passar
por suas trincheiras convidados de peso
como Shara
Nelson (atualmente um dos
maiores sucessos britânicos,
com o grupo
Presence), Horace Andy,
Tricky, Nicolette, Tracey
Thorn e Liz
Frasier.
Durante os
seus oito anos
de atividade, o
Massive Attack
lançou oficialmente apenas três álbuns: "Blue Lines" (1990), "Protection" (1994) e "Mezzanine" (1998).
A caixa de singles traz, além das
versões originais de hits, um bom
número de versões remixadas, a
maioria inédita no Brasil.
Passeando entre o trip hop, o
dub, a dance music comercial e até
o hard tecno, é nas faixas remixadas que estão algumas das maiores
preciosidades do box set, como a
versão climática de "Karmacoma"
(feita pelo Portishead), o remix para as pistas de "Unfinished
Sympathy" (de Nellee Hooper) e
alguns remixes famosos do último
disco. São os casos da versão lentíssima de "Angel", feita pela banda Blur, e de outra cheia de guitarras, criada pelo grupo Manic Street
Preachers para "Inertia Creeps".
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|