JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Em matéria de sauvignon blanc do Novo Mundo, a Nova Zelândia é tida como campeã. No Cone Sul tem aumentado o número de bons exemplares da cepa -até o Brasil tem um par deles saídos de Santa Catarina. Mas a maior e melhor coleção da região está no Chile. Lá, os produtores têm mostrado talento para criar brancos ricos e alegres a altura dos das ilhas do Pacífico. Vale a pena conferir três 2009 que acabaram de aportar por aqui, boa pedida, aliás, para regar a folia do Carnaval.
O primeiro é o Errazuriz Reserva, nascido de uvas de uma área costeira, Manzanar, no vale de Aconcágua, no norte. Vivaz, une frutas tropicais maduras e leve toque de mel no seu sabor longo (88/100, R$ 43,28, Vinci, tel. 0/xx/11/2797-0000).
O segundo, o Cool Coast, da Casa Silva, é também oriundo de novos vinhedos vizinhos do mar, em Paredones, em Colchágua, no sul. Elegante e intenso, ele une tons cítricos (limão, grapefruit) e de aspargos (89/100, R$ 89,50).
Por último, o Ponto Final, da argentina Renascer, do chileno Patrício Reich, que decidiu adicionar um branco da sua terra natal aos malbecs platinos da adega. O estreante se mostra potente e complexo (mel, maracujá, arruda, goiaba) com paladar denso e vibrante, pela bela acidez (90/100, R$ 44,50, ambos na Kylix, tel. 0/xx/11/ 3825-4422).

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