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Santa Catarina vive "febre" dos curtas
DO COLUNISTA DA FOLHA
Os sinais de vida do cinema catarinense são mais evidentes no curta e no documentário. Três curtas estão
em produção: "La Mar", de
Sandra Alves, "Alumbramentos", da produtora TVI,
e "Sorria, Você Está Sendo
Filmado", de Chico Caprário. Todos os três venceram
o concurso público estadual
de apoio ao cinema.
Nos últimos quatro anos
Santa Catarina produziu oito curtas. Alguns deles foram muito bem recebidos
fora do Estado, como "Novembrada" (1998), de
Eduardo Paredes, que ganhou vários prêmios em
Gramado, e "Fronteira"
(1999), de Chico Faganello.
Também os documentários estão a pleno vapor.
Além de "Seo Chico", há pelo menos dois no forno: o vídeo "O Capitão Imaginário",
de Chico Faganello, e "Diacuí", de Tânia Lamarca (diretora de "Tainá").
O vídeo de Faganello, em
fase de finalização, é inspirado em relatos de navegadores europeus que visitaram a
ilha de Santa Catarina nos
séculos 18 e 19. "A idéia é
contrastar o depoimento deles com o que existe hoje, e
ao mesmo tempo mostrar as
distorções do imaginário europeu a respeito daqui", diz
o diretor.
O documentário já tem garantida uma primeira tiragem de 3.000 cópias em
VHS, a serem exibidas em
escolas da rede pública.
Já o filme de Tânia Lamarca é o registro da insólita história da índia Diacuí, que se
casou em 1951 com um sertanista na igreja da Candelária, no Rio, sob os holofotes
da mídia, capitaneada na
época pelo empresário Assis
Chateaubriand.
Nove meses depois, Diacuí
morreu no parto de sua filha,
que leva o mesmo nome e
hoje, aos 50 anos, vive em
Uruguaiana (RS). "Estou
partindo dessa "Diacuí 2" para fazer a história de volta",
diz a diretora.
(JGC)
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