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COPIÃO
Cineasta tenta filmar "A Morte e a Morte de ACM"
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O cineasta baiano Jorge Alfredo, vencedor do Festival de Brasília com o documentário "Samba Riachão" (2001), tem nas
mãos um filme inacabado sobre
o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Com a concordância de ACM,
Alfredo filmou 17 latas de depoimentos e imagens do político
em campanha, para rechear sua
cinebiografia.
Os registros foram feitos no
ano passado, quando ACM disputava votos para eleger-se senador. Alfredo era diretor de seu
programa de TV.
Na época, o cineasta disse ao
senador que entrevistaria também seus inimigos políticos.
"Ele respondeu com um sorriso
maroto", diz Alfredo.
O documentarista acha que
"seria interessantíssimo acompanhar o senador neste momento", quando ACM enfrenta
acusações de autoria de grampos ilegais e a ameaça da cassação de seu mandato.
Mas essa não é a opinião do
círculo de auxiliares mais próximos do senador, os que controlam sua agenda.
"Acho que se dependesse dele
[ACM], eu estaria rodando.
Desde que sou pequeno tem esse negócio de dizer que Antonio
Carlos se lenhou, já foi, já era. E
ele sempre ressurge. Acho que
ele já está acostumado com isso", diz Alfredo.
Para ilustrar o vaivém da carreira política de ACM, o cineasta
acha que o nome do filme deve
parodiar o Quincas Berro d'Água, de Jorge Amado: "A Morte
e a Morte de Antonio Carlos".
PHONE HOME
"Viva Voz", de Paulo Morelli
(O2 Filmes), será exibido na
noite de gala que encerra o 19º
Festival do Filme Latino de
Chicago, na próxima quarta.
FINAL FELIZ 1
O Instituto Sundance
destinou US$ 45 mil ao projeto
do documentário "4 Histórias
do Cárcere", da cineasta
gaúcha Liliana Sulzbach. O
financiamento ajudará a
finalizar o filme, que reúne
depoimentos de presidiárias.
FINAL FELIZ 2
"Uma Onda no Ar", de
Helvécio Ratton, foi premiado
com 45 mil, para distribuição
na Espanha.
DATA DE VALIDADE
Declaração do ministro da
Cultura, Gilberto Gil,
publicada na página do
ministério na internet:
"Enquanto estivermos aqui, eu
e minha equipe, [a Ancine]
será bem-vinda".
PEÇAS FALTANTES
O pronunciamento de Gil foi
feito na semana passada, para
cineastas que foram à Brasília
manifestar apoio à vinculação
da Agência Nacional do
Cinema ao Ministério da
Cultura. Chama a atenção a
ausência completa de
distribuidores e exibidores na
reunião. É competência da
agência regular a atividade da
indústria cinematográfica.
UM TOQUE DE CLASSE
Quando produtores e cineastas estavam em discussões sobre a
gestão da Ancine, em 2002, o presidente da agência, Gustavo Dahl,
lamentou que "o cinema brasileiro oferecesse ao público o
espetáculo de seu dilaceramento". No último dia 3, Dahl foi à
reunião que solapou o seu poder, sentou-se com ex-aliados que o
abandonaram no caminho e saudou o esforço do MinC em acertar.
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