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Fotos de argentino remetem a impressionismo e cinema
Alejandro Chaskielberg cria imagens com detalhes rigorosos de cor e luz
Considerado um dos 30 novos talentos do ramo pela revista americana "PDN", fotógrafo estará no Paraty em Foco
THIAGO NEY
DE SÃO PAULO
As cenas capturadas pelo
fotógrafo argentino Alejandro Chaskielberg, 32, remetem tanto a pinturas impressionistas como a narrativas
cinematográficas.
São imagens compostas
por um detalhismo rigoroso
de cor e luz e que formam
uma sequência de histórias
de pessoas e de costumes.
Essas características fizeram Chaskielberg ser considerado um dos 30 novos talentos da fotografia pela revista americana "PDN".
E o trarão ao Brasil, para a
sexta edição do Paraty em
Foco, evento que acontece
na cidade fluminense entre
15 e 19 de setembro (a programação completa está em
www.paratyemfoco.com).
"Sou um amante da pintura e, principalmente, do impressionismo. Eu comecei no
fotojornalismo e a primeira
vez que consegui desabrochar uma forma visual de representar a realidade foi com
a série "High Tide" [ou "La
Creciente", em espanhol]",
diz Chaskielberg à Folha.
Fotógrafo desde os 18
anos, ele produziu a série
"High Tide" entre 2007 e
2009. Nesse período, conviveu com a população que vive às margens da parte argentina do rio Paraná.
Lado a lado, as imagens de
"High Tide" nos contam um
pouco da vida dessas pessoas assim como as cenas de
"Borders", em que Chaskielberg une homem e água.
Se em "High Tide" a lua
cheia iluminou as cenas de
Chaskielberg, para fazer
"Borders" ele usou um flash
potente à luz do dia para registrar banhistas em uma
área próxima à fábrica de celulose instalada na divisa entre Argentina e Uruguai que
gerou atrito entre os países.
"No meu trabalho, não intervenho no aspecto digital.
Manipulo imagens apenas
com a câmera e com a luz",
conta. "Gosto de fotografar à
noite, com lua cheia, e de
usar longos tempos de exposição, de cinco a dez minutos
[nesse tempo, os fotografados permanecem imóveis]. A
perspectiva é diferente."
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