São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Deborah Colker faz estréia "mais madura" em SP

Desde março na estrada com "Cruel", coreógrafa diz que espetáculo passou por alterações; "É como estrear de novo"

Colker, que nesta coreografia não sobe ao palco com os bailarinos, prepara-se para dirigir peça para o Cirque du Soleil


ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem escuta Deborah Colker falar sobre a estréia de seu espetáculo "Cruel", amanhã, em São Paulo, pode pensar que se trata de uma première nacional, dado o misto de entusiasmo e nervosismo carregados no discurso da coreógrafa carioca. Nada disso.
Até chegar ao teatro Alfa, onde faz temporada de duas semanas, "Cruel" passou pelo Festival de Teatro de Curitiba, pelo interior de São Paulo, pelo Rio e, mais recentemente, por sete capitais do Nordeste. Mas os seis meses na estrada não tranqüilizam Colker.
"Estrear em São Paulo agora é como estrear de novo. Estamos trabalhando muito para mostrar um "Cruel" cada vez mais maduro. Como sempre, estou com medo de não ter ninguém na platéia", afirma Colker, como se não fosse uma artista de renome internacional -a ponto de ter sido convidada pelo Cirque du Soleil a dirigir um espetáculo da trupe canadense, com estréia prevista para abril do ano que vem.

Fluidez
"Cruel" chega a São Paulo após passar por leves alterações, que, para Colker, no entanto, são enormes.
"Tirei uma valsa de Chopin no primeiro ato, o do baile, que estava perdida ali. Parece pouco, porque é só um minuto a menos de coreografia, mas dá muito mais fluidez ao espetáculo", considera.
"Cruel" traz duas grandes novidades na história de quase 15 anos da Cia. Deborah Colker.
Trata-se do primeiro espetáculo em que a coreógrafa não está em cena e também o primeiro com uma dramaturgia assumida, incluindo a participação de um diretor de teatro (Gilberto Gawronski). O resultado é que os bailarinos vivem personagens do começo ao fim da coreografia, que pode ser chamada de dança-teatro. O espetáculo começa com um grande baile, onde pares se encontram. Depois, ainda no primeiro ato, há cenas em volta de uma mesa, onde acontecem reuniões de família, mas também grandes discussões. É ali que surge uma bailarina dançando com facas. No segundo ato, vários espelhos multiplicam os intérpretes.


CRUEL
Quando: estréia amanhã; de qua. a sab. às 21h, dom. às 18h. Até 21/9.
Onde: teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. 0/xx/ 11/5693-4000)
Quanto: de R$ 40 a R$ 90
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos




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