São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2001

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Ben Stiller demorou para aceitar a veia cômica

MILLY LACOMBE
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Ele não é bonito como Tom Cruise, não é engraçado como Jim Carrey nem elegante como Ben Affleck. Mas nada disso atrapalhou a jornada de Ben Stiller -o sortudo que finalmente ficou com Mary no final de "Quem Vai Ficar com Mary?"- rumo à fama.
Ben, 35, diz que desde cedo lutou contra a veia cômica; sua intenção era ser rebelde e fazer "filmes cabeça". Não conseguiu. A graça natural, que ele finalmente aceitou aos 20 anos, quando abandonou a universidade para se dedicar a fazer curtas cômicos, concretizou-se aos olhos do mundo quando os irmãos Farrelly (Peter e Bobby) o convidaram para atuar ao lado de Cameron Diaz em um dos maiores sucessos de bilheteria de 1998.
Em entrevista exclusiva à Folha, em Los Angeles, Stiller falou da experiência de ter dirigido Jim Carrey e de como foi intimidador trabalhar ao lado de De Niro.

Folha - Soube que você ficou completamente intimidado pela presença de De Niro no set.
Ben Stiller -
É verdade. Foi como encontrar aquela menina que você tanto admira e não conseguir pronunciar uma sílaba. Ele percebeu e se aproveitou disso para me triturar. Para ele, brincar com minha timidez foi um grande barato (risos).

Folha - Quem teve a idéia de fazer você passar pelo detector de mentiras?
Stiller -
Acho que foi o próprio De Niro, porque a cena não estava no roteiro. Um dia ele chegou ao set com isso na cabeça e acabou sendo a cena mais famosa.

Folha - Pouca gente sabe que seu grande sonho era, e ainda é, ser diretor e que você foi um dos primeiros a dirigir Jim Carrey, em "O Pentelho".
Stiller -
Pois é. A experiência com Carrey foi tão maluca que quase me fez desistir de dirigir (risos). Mas gostaria de adquirir um pouco mais de experiência para me dedicar totalmente à direção. Vou esperar um pouco até fazer a transição completa.


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