São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

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Nas lojas

MPB
Thaís Gulin
   
THAÍS GULIN
Gravadora:
Rob Digital; Quanto: R$ 20, em média
O que não faltam no mercado são novas cantoras que investem em obviedades da MPB: quase uma massa homogênea sem rosto. Surpreende, então, a estréia da curitibana Thaís Gulin, que busca um repertório nada fácil, que esbarra na vanguarda paulistana e na tropicália, ao mesmo tempo em que se mostra compositora promissora. A tradição ("De Boteco em Boteco", de Nelson Sargento) convive em pé de igualdade com os contemporâneos (como "História de Fogo", de Otto e Alessandra Negrini). Entram ainda os caminhos mais tortuosos de Chico Buarque ("Hino de Duran"), Arrigo Barnabé ("Cinema Incompleto (Núpcias)"), Zé Ramalho e Tom Zé.
POR QUE OUVIR: com boa voz, composições e escolhas, Thaís Gulin é desde já uma das grandes apostas do ano. (BRUNO YUTAKA SAITO)

POP/ELETRÔNICA
Go - The Very Best Of
   
MOBY
Gravadora:
EMI; Quanto: R$ 35, em média
No encarte desta coletânea, Moby escreve que não entende como um cara como ele, que fazia discos em casa, transforma-se num grande vendedor de álbuns. Careca, nerd, Moby não tem o perfil popstar, mas, com esta compilação em mãos, não é difícil entender por que faz sucesso: para agradar ao maior número possível de pessoas, ele fica sempre no meio-termo. Suas músicas têm um pouco de eletrônica, um pouco de soul, um pouco de rock... e ele consegue produzir canções com forte apelo popular, identificáveis já nos primeiros acordes. Mas há a sensação de que tudo é meio pasteurizado demais, insípido demais.
POR QUE OUVIR: Não pela inédita "New York, New York" (com Debbie Harry), mas para relembrar "Go", "We Are All Made of Stars" e "Natural Blues". (THIAGO NEY)

Pop
Rudebox
 
ROBBIE WILLIAMS
Gravadora:
EMI; Quanto: R$ 32, em média
O cantor inglês, que arrasta multidões na Europa, faz um disco que certamente não o ajudará na conquista do oeste. Se no último álbum ele tentava algo mais roqueiro, desta vez aponta sua carreira para um dance quase Britney. Pouco convincente até para um artista que já fez parte do Take That. As faixas são cobertas de referências pop (a chatinha "Rudebox", por exemplo, faz até propaganda da Adidas, que o veste nas fotos), mas "Viva Life on Mars" e "She's Madonna" sentem falta de guitarras. Até a balada rasga-coração, tradicional peça bem-feita em seus discos, não foi achada desta vez.
POR QUE OUVIR: "Bongo Bong", de Manu Chao, é sempre uma música deliciosa, e a versão à beira do funk carioca realmente faz dançar. (MÁRVIO DOS ANJOS)


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