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São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

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Obra inicia série de "safadezas" da literatura

DA REPORTAGEM LOCAL

Rubem Fonseca não está sozinho nas suas libertinagens. Seu "Diário de um Fescenino" dá o pontapé inicial em uma coleção de livros que nos bastidores da Companhia das Letras vem sendo chamada de série "Safada".
São sátiros de todas as eras e nacionalidades, e de diversos graus de safadezas, os autores desse conjunto de livros, todos em capa dura e ilustrados pela artista plástica Célia Euvaldo.
Entre os pontos altos do pacote, que tem prosseguimento em outubro com "O Irmão de Onã", de Moacyr Scliar, estão alguns pesos pesados da literatura sacana.
Um dos exemplos é a chamada "A Crucificação Encarnada", a trilogia "Sexus", "Plexus", e "Nexus", do americano Henry Miller (1891-1980), já lançados aqui, mas esgotadíssimos.
Na mesma situação, o marcante "O Complexo de Portnoy", das obras maiores de Philip Roth, também ganhará nova tradução.
Nem só com a velha guarda vem o pacote. Representando as novas letras britânicas, sai ainda este ano o volume "Política", do novíssimo Adam Thirlwell, inédito ainda na Inglaterra e já selecionado como um dos melhores escritores jovens do Reino Unido pela prestigiada revista "Granta".
Também fresca é a literatura de André Sant'Anna, destacado autor jovem que terá, com seu "O Paraíso É Bem Bacana" a estréia em uma grande editora.
Luiz Schwarcz, editor da Companhia, diz que a coleção nasceu quase por acaso. Ele estava lendo um romance de Philip Roth quando encontrou com Rubem Fonseca. Brincou com o escritor que ele deveria fazer algo meio safado, como os textos do colega americano. Ficou por isso mesmo. Dois anos depois, de surpresa, Fonseca lhe entregou o "Diário". (CASSIANO ELEK MACHADO)


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