São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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Criadores da série tentam evitar analogias com os Estados Unidos

DA ENVIADA A ROMA

Tem sido comum ouvir comparações entre Roma e os Estados Unidos dos dias de hoje, por conta de seu predomínio político e econômico no mundo, cada qual a seu tempo.
Para o roteirista Bruno Heller, entretanto, a comparação não cabe. "Qualquer potência que predomine por um período é sempre comparada a Roma. Foi assim com a Espanha na época dos Descobrimentos, com a Inglaterra no século 19. Mas nenhuma delas se equipara a Roma. Ali criou-se um modo inédito de fazer política."
Os criadores da série dizem que querem evitar esse tipo de comparação. Não há piadas embutidas, nem passagens colocadas na trama para suscitar analogias. Estas, entretanto, surgem naturalmente. O ator Ray Stevenson vê algumas semelhanças. "Tanto Roma como os EUA agora acreditavam estar fazendo algo bom para os outros povos, que a sua lei era melhor para governar não só a sua casa, mas o resto do mundo. Hoje vemos que isso é relativo."

Em inglês
Causa algum estranhamento o fato de que, num programa cuja preocupação com a veracidade é tamanha, os habitantes de Roma se expressem num inglês corretíssimo. Na Itália, isso provocou críticas. "Os italianos podem reclamar, ver imperfeições numa história que crêem ser só deles. Mas eles estão errados. Roma não pertence apenas aos italianos. Nela está a história da civilização ocidental. Todos estamos livres para interpretá-la", diz Heller. (SC)


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