São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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bebida

Uvas nativas rendem bons vinhos na Itália

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Uma boa pitada de tecnologia nas cantinas, enólogos em sintonia com modernos métodos de vinificação e, muito importante, redobrado carinho nos vinhedos para obter fruta de primeira. São esses os ingredientes da fórmula que levou, nos últimos anos, os vinhos europeus a um patamar superior de qualidade.
A Itália também passou pelo processo e, no embalo da renovação, os vinhateiros italianos estenderam as fronteiras de elaboração de vinhos finos e trouxeram à tona algumas uvas autóctones (nativas), verdadeiros tesouros que, outrora malcuidados, careciam de um certo brilho.
Dois bons exemplos são a lagrein, oriunda do canto norte da Bota, e a nero d'avola, da Sicília. Cepas sem renome tempo atrás, com elas se elaboram agora tintos como estes de hoje, que merecem ser conferidos.
O primeiro é o Lagrein 2003, da Cantina Terlan, uma pequena cooperativa da região do Alto Adige, berço da cepa. É um tinto de perfume e sabor frutado atraente (groselhas), paladar untuoso e persistente (88/100, R$ 67,45, Mistral, tel. 0/xx/ 11/ 3372-3400).
O segundo é o Nero d'Avola 2005, da Cusumano, jovem vinícola siciliana. É um vinho de aroma intenso (ameixas pretas, caramelo), bem frutado e macio, com taninos finos em boca, boa escolta para um cabrito assado (88/100, R$ 55, Expand, tel 0/xx/11/4613-3333).

BOM E BARATO

SUGESTÃO ATÉ R$ 40
VENTISQUERO CLÁSICO SYRAH 2005
Avaliação:
86/100
Bom para: carnes vermelhas e massas
Preço: R$ 27,55, no Emporium São Paulo, tel. 0/ xx/11/ 3848-3700

TINTO CHILENO
Do Vale de Colchagua, no sul do Chile, estão surgindo belos tintos de uva syrah, como este. É um vinho macio, frutado, de bom corpo e final agradável.


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