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bebida
Uvas nativas rendem bons vinhos na Itália
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Uma boa pitada de tecnologia nas cantinas, enólogos
em sintonia com modernos
métodos de vinificação e,
muito importante, redobrado carinho nos vinhedos para obter fruta de primeira.
São esses os ingredientes da
fórmula que levou, nos últimos anos, os vinhos europeus a um patamar superior
de qualidade.
A Itália também passou
pelo processo e, no embalo
da renovação, os vinhateiros
italianos estenderam as
fronteiras de elaboração de
vinhos finos e trouxeram à
tona algumas uvas autóctones (nativas), verdadeiros
tesouros que, outrora malcuidados, careciam de um
certo brilho.
Dois bons exemplos são a
lagrein, oriunda do canto
norte da Bota, e a nero d'avola, da Sicília. Cepas sem renome tempo atrás, com elas
se elaboram agora tintos como estes de hoje, que merecem ser conferidos.
O primeiro é o Lagrein
2003, da Cantina Terlan,
uma pequena cooperativa da
região do Alto Adige, berço
da cepa. É um tinto de perfume e sabor frutado atraente
(groselhas), paladar untuoso
e persistente (88/100, R$
67,45, Mistral, tel. 0/xx/ 11/
3372-3400).
O segundo é o Nero d'Avola 2005, da Cusumano, jovem vinícola siciliana. É um
vinho de aroma intenso
(ameixas pretas, caramelo),
bem frutado e macio, com
taninos finos em boca, boa
escolta para um cabrito assado (88/100, R$ 55, Expand,
tel 0/xx/11/4613-3333).
BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
VENTISQUERO CLÁSICO
SYRAH 2005
Avaliação: 86/100
Bom para: carnes vermelhas e massas
Preço: R$ 27,55, no Emporium São Paulo, tel. 0/
xx/11/ 3848-3700
TINTO CHILENO
Do Vale de Colchagua, no
sul do Chile, estão surgindo
belos tintos de uva syrah, como este. É um vinho macio,
frutado, de bom corpo e final
agradável.
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