|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Qual o valor
da vida?
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Falar de "Cantando na
Chuva" (Turner Classic
Movies, 22h) é quase obrigatoriamente chover no
molhado. Eis aí um filme
que todo mundo viu e gostou (a única exceção que me
ocorre é o finado crítico Rubem Biáfora).
Mas é preciso lembrar
que, entre suas qualidades,
está a de ser um dos filmes
mais vitais já feitos. Tudo
nele é um convite à vida, à
expansão, ao encontro.
Muito disso se deve, é fato, a
Gene Kelly (como dançarino, não como co-diretor), a
sua capacidade de transformar o atlético em afeto. Mas
é um modo de ser do pós-guerra que aparece ali. Enquanto uma parte do cinema se ocupava das sombras
dos homens e da América,
"Cantando" parece uma
história de sobrevivência,
de quem passou pelo pior,
conseguiu escapar e agora
sabe o valor que a vida tem.
Texto Anterior: TV paga: Ator lembra beijo de novela que não houve Próximo Texto: Quadrinhos: Autora desenha a história real de relacionamento abusivo em HQ Índice
|