São Paulo, sexta-feira, 12 de maio de 2006

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Qual o valor da vida?

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Falar de "Cantando na Chuva" (Turner Classic Movies, 22h) é quase obrigatoriamente chover no molhado. Eis aí um filme que todo mundo viu e gostou (a única exceção que me ocorre é o finado crítico Rubem Biáfora).
Mas é preciso lembrar que, entre suas qualidades, está a de ser um dos filmes mais vitais já feitos. Tudo nele é um convite à vida, à expansão, ao encontro. Muito disso se deve, é fato, a Gene Kelly (como dançarino, não como co-diretor), a sua capacidade de transformar o atlético em afeto. Mas é um modo de ser do pós-guerra que aparece ali. Enquanto uma parte do cinema se ocupava das sombras dos homens e da América, "Cantando" parece uma história de sobrevivência, de quem passou pelo pior, conseguiu escapar e agora sabe o valor que a vida tem.


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