Jens Lekman apresenta composições sentimentais e letras autobiográficas

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Amigos, ex-namoradas, parentes, gente anônima. São vários os personagens que protagonizam as músicas do cantor sueco Jens Lekman.
"Muitas [das canções] são autobiográficas, sim", ele diz à Folha, por telefone. "Você viu o filme "Sinédoque, Nova York'? É mais ou menos parecido. É como ensaiar uma peça sobre você mesmo. Você transforma seus amigos em personagens. São letras autobiográficas, mas não necessariamente sobre coisas que ocorreram. São versões de histórias da minha vida." Parte da vida de Jens Lekman será traduzida nos shows que ele faz no Brasil -o primeiro acontece amanhã, no Studio SP, em São Paulo.
Lekman já esteve no país em 2006, pouco antes do lançamento de "Night Falls Over Kortedala" (2007), seu segundo disco. Ele prepara o terceiro álbum, mas não sabe quando deve lançá-lo. "Costumo compor e gravar o tempo inteiro. Tenho 50, 60 canções quase prontas e penso "Meu Deus, preciso lançar isso logo"."
Na turnê brasileira, o cantor de 28 anos mostrará algumas dessas novas canções, que falam de paixões correspondidas e não-correspondidas, "misturadas com faixas mais antigas". "Por estar preparando um disco, me sinto livre para fazer experimentos. Mas [os shows] terão várias coisas antigas."

Pop e dançante
Nessas apresentações no Brasil, Lekman estará acompanhado de um único músico. "Ele está encarregado dos samples. É um show direto, que busca apenas o essencial. Não é nada acústico, é mais dançante e pop, na verdade." O que distingue Lekman de outros jovens cantores é a voz poderosa, que emula uma experiência que ainda não chegou. As canções acústicas e delicadas de Thiago Pethit formarão o show de abertura da noite. Após São Paulo, Lekman vai a Porto Alegre, Recife e Curitiba.