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Fotógrafo hoje já se imagina artista, diz García-Alix
DO ENVIADO A MADRI
O espanhol Alberto García-Alix, 53, um dos mais destacados fotógrafos espanhóis, acredita que os anos 70 propiciaram mais liberdade aos artistas
e, por isso, aprovou a produção
de alguns de seus contemporâneos expostas em Madri.
"Havia uma agitação da juventude muito típica. Não estava interessado no mercado,
nem sabia se queria ser fotógrafo. Fazia cliques dos meus amigos", conta ele à Folha.
"Hoje o fotógrafo já se imagina artista antes de fazer seu
próximo caminho, de achar seu
estilo. E o digital tirou muito do
mistério da fotografia", diz ele,
que elogia a produção de "outsiders" como Antoine D'Agata
(em cartaz em exposição na Pinacoteca do Estado).
"Acho interessante o Photoespaña por ver produções
instigantes de jovens", diz o
norte-americano Larry Sultan,
63, que apresentou sua famosa
série "Evidence", feita junto de
Mike Mandel.
Entre os jovens, Sultan cita a
hispano-brasileira Sara Ramo,
34, que expôs no mesmo espaço que ele, o Jardim Botânico
Real de Madri.
"Minha mostra tem muito a
ver com o cotidiano, tema do
evento. Com elementos simples e que fazem parte de um
universo comum, podemos dizer muito sobre o que somos",
diz Ramo, também presente na
Bienal de Veneza.
O paulista Mauro Restiffe,
39, ganhou individual na Casa
das Américas, espaço próximo
ao Museu do Prado. O paulistano Albano Afonso, 45, também
teve individual na galeria Fernanda Pradilla.
(MG)
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