São Paulo, sexta-feira, 12 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fotógrafo hoje já se imagina artista, diz García-Alix

DO ENVIADO A MADRI

O espanhol Alberto García-Alix, 53, um dos mais destacados fotógrafos espanhóis, acredita que os anos 70 propiciaram mais liberdade aos artistas e, por isso, aprovou a produção de alguns de seus contemporâneos expostas em Madri.
"Havia uma agitação da juventude muito típica. Não estava interessado no mercado, nem sabia se queria ser fotógrafo. Fazia cliques dos meus amigos", conta ele à Folha.
"Hoje o fotógrafo já se imagina artista antes de fazer seu próximo caminho, de achar seu estilo. E o digital tirou muito do mistério da fotografia", diz ele, que elogia a produção de "outsiders" como Antoine D'Agata (em cartaz em exposição na Pinacoteca do Estado).
"Acho interessante o Photoespaña por ver produções instigantes de jovens", diz o norte-americano Larry Sultan, 63, que apresentou sua famosa série "Evidence", feita junto de Mike Mandel.
Entre os jovens, Sultan cita a hispano-brasileira Sara Ramo, 34, que expôs no mesmo espaço que ele, o Jardim Botânico Real de Madri.
"Minha mostra tem muito a ver com o cotidiano, tema do evento. Com elementos simples e que fazem parte de um universo comum, podemos dizer muito sobre o que somos", diz Ramo, também presente na Bienal de Veneza.
O paulista Mauro Restiffe, 39, ganhou individual na Casa das Américas, espaço próximo ao Museu do Prado. O paulistano Albano Afonso, 45, também teve individual na galeria Fernanda Pradilla. (MG)


Texto Anterior: Photoespaña destaca anos 70 e opta pelo banal
Próximo Texto: Última Moda: Comitê filtra grifes do Fashion Rio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.