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ARTES PLÁSTICAS
Segunda parte de "O Século Americano", em NY, mostra obras de Andy Warhol, Jasper Johns e outros
"Filé" de exposição só chega em setembro
da Sucursal de Brasília
Em termos de reconhecimento
do cidadão comum, a segunda
parte de "O Século Americano",
com inauguração marcada para 26
de setembro, será a melhor.
Lá, com certeza, estarão os mais
famosos trabalhos de Andy Warhol, Jasper Johns, Jackson Pollock,
Willem De Kooning e Andrew
Wyeth, artistas a que foram prestados tributos de superastros.
Mas na última seção da mostra
em cartaz, no segundo andar do
Whitney, que abrange o período
da Segunda Guerra Mundial e suas
consequências imediatas (1940-1949), pode-se observar as origens
dessas grandes estrelas.
Na verdade, como aponta o melhor crítico de arte dos EUA, o australiano Robert Hughes, pelo menos naquela época inicial do que
viria ser considerado o mais norte-americano dos estilos artísticos, a
influência européia era enorme.
Maior do que havia sido durante
boa parte do século 19, quando
pintores como John James Audubon, Thomas Eakins e Winslow
Homer conseguiram criar trabalhos originais com traços marcantes de sua própria nacionalidade.
Os experimentos iniciais de artistas norte-americanos com a
ideologia do formalismo, o abstracionismo geométrico, o surrealismo e outras tendências similares
foram decalcados demais no que
procedia da Europa; eram muito
pouco norte-americanos.
Entre os nomes que depois se
tornariam celebridades, o que aparece com amostras de trabalho
mais consistentes com o que depois o consagrariam é o de Mark
Rothko, com seus quadros apenas
numerados para realçar a total subordinação do conteúdo à forma.
Como nas outras seções, também aqui a curadora teve o cuidado de incluir revistas, pôsteres de
filmes, trilhas sonoras e capas de livros para mostrar como outras
formas de manifestação artística
influíram nas belas-artes.
O Whitney pode esperar grandes
momentos de público a partir de
setembro. Se nessa primeira parte,
que não focaliza os artistas mais famosos, a mostra já é um sucesso
absoluto, na segunda as multidões
estão asseguradas.
(CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA)
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