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Religião
Série debate papel da mulher no islã
LUCIANA COELHO
EDITORA-ADJUNTA DE MUNDO
O uso do véu é o mote para falar do papel feminino no islamismo, no primeiro programa
da série "O Islã Revelado". Se
peca na abordagem nada criativa, o programa é feliz ao costurar um painel amplo da situação das muçulmanas a partir do
depoimento de mulheres em
quatro países díspares: Reino
Unido, Irã, Turquia e Malásia.
O mosaico delineado pela
jornalista britânica Samira Ahmed -ela mesma uma muçulmana- é instigante: universitárias de Birmingham que fazem do véu o resgate da identidade; meninas iranianas de nove anos que vêem com alegria a
imposição de usar o "hijab"; estudantes turcas transformadas
em militantes após serem expulsas da faculdade por insistir
em ostentar o lenço (o governo
turco, secular, proíbe manifestações religiosas em prédios
públicos); e uma ativista malasiana empenhada em conscientizar as adeptas do islã sobre a
violência doméstica -erroneamente justificada nos rincões
do país pela religião.
Samira também vai ao Alcorão e a clérigos verificar a obrigatoriedade de as mulheres se
cobrirem e qual a sua condição
perante os homens. Conclui a
única coisa que suas entrevistadas dizem em uníssono: usar o
"hijab" não significa se submeter ao sexo oposto; trata-se de
uma escolha pessoal. Que não
deve ser imposta nem vetada.
ISLÃ REVELADO
Quando: hoje, às 21h
Onde: GNT
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