São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 2006

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Religião

Série debate papel da mulher no islã

LUCIANA COELHO
EDITORA-ADJUNTA DE MUNDO

O uso do véu é o mote para falar do papel feminino no islamismo, no primeiro programa da série "O Islã Revelado". Se peca na abordagem nada criativa, o programa é feliz ao costurar um painel amplo da situação das muçulmanas a partir do depoimento de mulheres em quatro países díspares: Reino Unido, Irã, Turquia e Malásia.
O mosaico delineado pela jornalista britânica Samira Ahmed -ela mesma uma muçulmana- é instigante: universitárias de Birmingham que fazem do véu o resgate da identidade; meninas iranianas de nove anos que vêem com alegria a imposição de usar o "hijab"; estudantes turcas transformadas em militantes após serem expulsas da faculdade por insistir em ostentar o lenço (o governo turco, secular, proíbe manifestações religiosas em prédios públicos); e uma ativista malasiana empenhada em conscientizar as adeptas do islã sobre a violência doméstica -erroneamente justificada nos rincões do país pela religião.
Samira também vai ao Alcorão e a clérigos verificar a obrigatoriedade de as mulheres se cobrirem e qual a sua condição perante os homens. Conclui a única coisa que suas entrevistadas dizem em uníssono: usar o "hijab" não significa se submeter ao sexo oposto; trata-se de uma escolha pessoal. Que não deve ser imposta nem vetada.


ISLÃ REVELADO
Quando: hoje, às 21h
Onde: GNT



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