COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há quase seis meses, envolvidos com a repressão estão sendo julgados na Argentina de segunda a sexta por uma média de 2,7 milhões de pessoas. O tribunal é a ficção "Montecristo", uma das maiores audiências do país.
Adaptação livre do clássico de Alexandre Dumas, a novela se articula ao redor de Santiago (Pablo Echarri), homem que, no Marrocos, escapa da morte após ter o pai -um juiz dedicado a investigações sobre a ditadura- assassinado. Depois de anos, ele retorna à Argentina para vingar-se dos criminosos.
Com o êxito de "Montecristo", os meios de comunicação argentinos noticiaram que o trabalho das Avós da Praça de Maio -organização que se dedica a tentar identificar os pais verdadeiros de uma geração hoje entre 28 e 35 anos- havia duplicado.
Irritadas com essas versões, as avós, que prestam assessoria e cedem suas instalações para o folhetim, dizem "não necessitar da publicidade de uma telenovela", como afirmou à Folha Rosa Rosinblit, vice-presidente da associação. "Temos campanhas muito ativas há muito mais tempo." (DM)


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