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CRÍTICA ROCK
Força do Rage Against the Machine supera falhas de som
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL A ITU
Havia tanta expectativa
dos fãs pelo primeiro show
do Rage Against the Machine
no Brasil que nem os lamentáveis problemas de som e de
organização conseguiram estragar a festa.
Com uma apresentação concisa e explosiva, o quarteto empolgou a plateia.
A introdução do show, com uma sirene soando enquanto surgia a bandeira do Exército Zapatista de Libertação Nacional, já deixava claro o tom político (e de confronto) que é marca registrada da banda.
Na música, isso se traduz
em um som extremamente
agressivo, marcado pela metralhadora vocal de Zack de
la Rocha e pela guitarra distorcida de Tom Morello.
O efeito sobre o público é
notável -já nos primeiros
acordes de "Testify", na
abertura, os fãs começaram a
pular e a abrir as tradicionais
rodas de "pogo" (dança punk com socos e chutes).
A crônica inabilidade dos
festivais brasileiros para lidar com esse tipo de audiência quase levou a um acidente grave quando a plateia, imprensada entre estruturas de metal, derrubou a barreira
que demarcava a famigerada área VIP.
Isso causou a primeira interrupção -a segunda viria
depois de o som falhar durante "Township Rebellion", a sexta música da noite.
Foram momentos que irritaram os fãs e quebraram a
unidade da apresentação em
sua parte mais memorável
-uma sequência com
"Bombtrack", "People of the
Sun" (que Zack dedicou "aos
nossos irmãos do MST"),
"Know Your Enemy" e "Bulls on Parade".
No geral, entretanto, a força da banda e a comunhão
com o público foram maiores
do que as adversidades.
O Rage esteve no Brasil e
quem viu não se esquecerá.
RAGE AGAINST THE MACHINE
AVALIAÇÃO ótimo
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