São Paulo, quarta-feira, 13 de maio de 2009

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Dhalia e estreante em longas representam país

Fotos Divulgação
O francês Vincent Cassel em "A Deriva", de Heitor Dhalia, que integra a mostra "Um Certo Olhar"

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora não tenha nenhum título em competição pela Palma de Ouro em Cannes, o Brasil possui dois longas nesta edição do festival. "À Deriva", de Heitor Dhalia, integra a mostra "Um Certo Olhar", e "No Meu Lugar", de Eduardo Valente, compõe uma das "Sessões Especiais" da seleção oficial.
Terceiro longa de Dhalia ("Nina", "O Cheiro do Ralo"), "À Deriva" tem a brasileira Debora Bloch e o francês Vincent Cassel ("Irreversível", "Senhores do Crime") como um casal em crise. Mas a trama, filmada no litoral fluminense, é vista pela perspectiva da filha adolescente deles, que lida com seus próprios conflitos ao encarar a perspectiva da vida adulta e sexualmente ativa.
"À Deriva" é o primeiro resultado de um acordo entre o estúdio hollywoodiano Universal e a produtora O2, de Fernando Meirelles, para realizar um pacote de longas no Brasil.
A mostra "Um Certo Olhar" tem um júri específico para a escolha do melhor filme entre os 20 selecionados.

Melhor filme de estreia
"No Meu Lugar" é o primeiro longa de Eduardo Valente, que concorre, portanto, à Caméra D'Or, dada ao diretor do melhor filme de estreia do festival.
A história alinhava os percursos de diversos personagens que tentam lidar com as consequências de uma morte provocada numa tentativa de assalto, no Rio de Janeiro.
Para o diretor, a exibição em Cannes "fecha bem um trajeto do filme, que tem tudo a ver com o festival, desde ter surgido como projeto".
Foi depois de vencer a Palma de Ouro de curta-metragem da Cinéfondation (mostra dedicada a estudantes de cinema) em 2002, com "Um Sol Alaranjado", que Valente passou a querer realizar um longa.
Em 2005, ele foi selecionado no projeto de residência da Cinéfondation, que dá a diretores a chance de viver um período na França, dedicados a escrever o roteiro de seus longas.
Já Dhalia acredita que a participação em Cannes "abre um novo ciclo" de perspectivas para sua carreira. Ele pretende negociar no Mercado do Filme, que ocorre paralelamente ao festival, os seus novos projetos. (SA)


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