São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

Buzz Lightyear do Comando Estelar - A Aventura Começa
SBT, 14h30.
  
(Buzz Lightyear of Star Comand - The Adventure Begins). EUA, 2000, 70 min. Direção: Ted Stones. O patrulheiro espacial Buzz Lightyear tenta libertar o planeta Gama do Zorg. Desenho animado.

Barbie - O Lago dos Cisnes
Globo, 16h.
  
(Barbie of Swan Lake). EUA, 2003,83 min. Direção: Owen Hurley. Adaptação do balé de Tchaikovski para desenho animado, na história da moça transformada em cisne por um feitiço. Inédito.

Dinotopia
SBT, 22h30.
  
(Dinotopia). EUA, 2002. Direção: Marco Branbilla. Com David Thewlis, Katie Carr, Jim Carter. Após sofrerem um acidente no pequeno avião em que viajavam, em companhia dos pais, os pequenos Darl e David salvam-se e acabam por chegar a Dinotopia, terra de fantasia e dinossauros. Primeira parte de minissérie que a emissora exibe também na quinta-feira e na sexta-feira.

Intercine
Globo, 1h30.

As opções para esta terça-feira são os suspenses "Beijos que Matam" (1997, de Gary Fleder, com Morgan Freeman, Cary Elwes) e "Atração Fatal" (1987, dirigido por Adrian Lyne, com Michael Douglas e Glenn Close no elenco).

Com o Dinheiro dos Outros
SBT, 1h50.
  
(Other Money's People). EUA, 1991, 100 min. Direção: Norman Jewison. Com Danny DeVito, Gregory Peck, Penelope Ann Miller, Piper Laurie. Um Norman Jewison típico: toma um assunto pertinente para fazer um filme banal. No caso, DeVito é um duro negociante, especialista em liqüidar empresas e faturar alto com isso (e no lombo de todas as pessoas prejudicadas com o fato, como os empregados das empresas). Já Gregory Peck é o velho industrial que tenta defender o "capitalismo com rosto humano", isto é, às antigas. O filme não chega a convencer nem sequer de suas boas intenções.

A Paixão de Sua Vida
Globo, 3h25.
 
(Baja Oklahoma). EUA, 1987, 87 min. Direção: Bobby Roth. Com Lesley Ann Warren, Peter Coyote, Swoosie Kurtz. Depois de muito batalhar, a balconista de bar Warren está quase conseguindo chegar ao estrelato, quando vê seus planos ameaçados pelo envolvimento de sua filha com traficantes. Feito para TV.

Nasce um Monstro
SBT, 3h40.
    
(It's Alive). EUA, 1974, 91 min. Direção: Larry Cohen. Com John Ryan, Sharon Farrell. Nem todos gostam dos filmes de Larry Cohen, rei do terror de baixo orçamento e, não raro, muito inventivo. Aqui, a história de um bebê monstro que começa suas atividades logo após o parto. Vale a pena ver. Só para São Paulo.

O elogio da cafajestagem

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A série "Porky's" fez a alegria dos adolescentes dos anos 80 e o desespero dos críticos. Claro, havia ali um conflito entre estudantes bagunceiros e professores (e/ou autoridades outras).
Os críticos se identificam com a autoridade e não gostam dessa baderna. De fato, a série, de que hoje passa "Porky's 2 - O Dia Seguinte" (Telecine Happy, 22h), é grosseira, cafajeste, safada.
Mas essas são qualidades ambíguas, não? Exprimem, mesmo que em estado larvar, uma revolta contra a ordem adulta que tem lá seu lado saudável.
A questão é que Bob Clark, diretor desse filme, está longe de ser um cara talentoso ou inteligente. Daí ter criado filmes-sintoma, nada mais. Paramos para ver as bobagens e, eventualmente, rir com elas. No fim, percebemos que nem tudo era tão besta assim.

MÚSICA

Nômade, Skank festeja o Dia do Rock

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje é o Dia Internacional do Rock, que o canal Multishow vai comemorar exibindo o show "Cosmotron" (hoje, 21h), da banda mineira Skank, também já lançado em DVD. Aí você pensa: hum, mas o Skank??
Sim, soa estapafúrdio, até porque o rock nasceu foi nos Estados Unidos, não nas Minas Gerais. Mas você resolve conceder o benefício da dúvida ao Skank e ao Multishow. E assiste. E dá de cara com o rock'n'roll. Made in Brazil.
O rock é hoje um senhor alinhado, de 50 anos, que já fez muita doideira, mas se profissionalizou -e ainda assim se diverte. O Skank, que já fez criancices "ao vivo", hoje vive grande fase, de remanejar com olhos no futuro conceitos de CD, DVD, show etc.
"Cosmotron", o CD, era todo inédito e nem por isso deixou de arrastar multidões -o DVD põe isso em imagens límpidas. Não precisou haver um CD "Cosmotron ao Vivo", seria redundância. Mas o DVD "Cosmotron" pode mostrar as músicas novas em versão ao vivo e ainda pareá-las com os "grandes hits" (sob cenário psicodélico que não é só cenário, mas estudo de cores para um vibrante espetáculo visual). Hits velhos e novos podem ganhar firulas instrumentais, rabichos que não caberiam num CD de estúdio. Profissionalismo é isso aí.
O rock está também nas cores psicodélicas, na bela dança de camisetas coloridas com a qual Samuel Rosa instiga o público. A câmera pega, quase sem querer, alguém sacudindo o tênis -pois cada um sacode o que bem quiser.
O rock está na consciência adulta que o Skank já tem sobre a história que o constituiu, que viaja até Oasis, mas tem morada em Minas. O libelo nômade (mas perdido) "Vou Deixar" presta tributo aos Beatles, mas "Nômade" viaja dali para a citação a "Para Lennon e McCartney" (70), uma das canções cruciais do Clube da Esquina -e do Brasil. Aos 50, o rock nômade tem maturidade para homenagear a própria casa e os pais. Sabe que é bom ter nascido, ter ninho, ter onde morar, ainda que seja no mundo todo.


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: Mônica Bergamo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.