São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006 |
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"O legal é que o filme poderá ser chamado de brasileiro" DO ENVIADO A TORONTO
Por ora, Fernando Meirelles
confirma em sua equipe apenas
os nomes de três colaboradores
de longa data, com quem já trabalhou em "Cidade de Deus" e
"O Jardineiro Fiel". César
Charlone assumirá a direção de
fotografia; Tulé Peak, a direção
de arte; e Daniel Rezende ficará
a cargo da montagem.
Folha - Como surgiu o convite para dirigir "Blindness"? Fernando Meirelles - A Gail [Egan, da Potboiler Productions, produtora de "O Jardineiro Fiel"] me contatou em junho do ano passado me falando do roteiro de "Blindness". Mas ela não me falou que era o Saramago, e eu não me dei conta, porque no Brasil se chama "Ensaio Sobre a Cegueira". Quando comecei a ler, liguei imediatamente e disse que estava interessado. O Niv [Fichman, produtor canadense], ela e o Don [McKellar, roteirista] foram para São Paulo no começo de julho, ficaram quatro dias lá e já conversamos bastante. O mais legal é que é uma co-produção internacional independente, sem nenhum estúdio. O Brasil está entrando com os talentos e dinheiro das leis de incentivo; o Canadá, com o projeto e o roteiro; o Japão, com muito dinheiro; e os ingleses, com dinheiro e a armação jurídica. O legal é que o filme, em inglês, poderá ser chamado de brasileiro. Folha - Quando você tentou comprar os direitos, Saramago argumentou que não faria muito sentido
transformar o romance em filme.
Quais suas idéias para a adaptação?
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