São Paulo, sábado, 13 de outubro de 2007

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PAULO AUTRAN SOBRE:

MORTE
Acho que a morte é que faz a vida ser tão boa. Já imaginou que horror viver eternamente? Para sempre? Não poder morrer, não poder acabar? E é por isso que viver é tão bom, é tão impressionante, é tão prazeroso
"Jornal Hoje" (Globo), abril de 2007

VELHICE
Desisti de cuidar da minha velhice, ela é que vai ter que me aturar
programa "Vitrine" (TV Cultura), novembro de 2003

SI MESMO
Sou carioca de nascimento, por acaso. Eu sou paulista
"Jornal Hoje" (Globo), em abril de 2007

Todo artista é louco, toda pessoa muito inteligente é louca, toda pessoa que tem uma curiosidade que é sinônimo de inteligência maior que a dos outros é louca. E o que é ser normal? Deve ser horrível ser normal. Eu dou graças a Deus por ser bastante louco. Acho que todo ator é um pouco louco
Folha, setembro de 1997

TELEVISÃO
Não vou fazer TV nunca mais. Enjoei
Folha, julho de 2005

Eu quando vejo televisão não consigo tirar os olhos. Fico vendo todos os anúncios, tudo o que acontece. É muito chato. Estou cansado de ficar olhando fixamente para aquele aparelho. [...] Há oito anos não vejo TV
Revista "IstoÉ Gente", maio de 2003

A PROFISSÃO
O ator que adere ao preconceito de dizer que não faz determinado gênero se limita demais. [...] O ator que não se renova está fadado ao declínio total
Folha, março de 1997

FAMÍLIA
A Karen [Rodrigues, mulher de Paulo Autran] fica furiosa quando digo isso, mas dou graças a Deus por não ter tido filhos. A maioria dos meus amigos que têm filhos não são bem filhos, são problemas. Quer dizer, desses problemas eu me livrei
"Jornal Hoje" (Globo), em abril de 2007

Me relacionava pouco com meu pai até que ele foi internado no hospital. Eu tinha 37 anos. Fui passar seis noites com ele porque ele não dormia de tantas dores. Nessas seis noites eu realmente conheci meu pai e fiquei amigo dele, até ele morrer.
Revista "IstoÉ Gente", maio de 2003

A CRÍTICA
Às vezes, leio elogios a interpretações monocórdicas, unilaterais. Os críticos não percebem a riqueza que a interpretação de um papel pode ter. Vocês me desculpem falar isso na frente de vocês. A crítica não se interessa mais por certas coisas do teatro que continuam sendo essenciais para um espetáculo
Na sabatina da Folha, em novembro de 2005

ZÉ CELSO
Ele [José Celso Martinez Corrêa] faz um teatro muito específico. Sei que tem muita gente que vai, fica encantada, mas, para mim, não interessa muito. Entrar no teatro para ver dois rapazes se masturbando, não me interessa absolutamente. Mas muita gente gosta. Masturbação parece que atrai público
Na sabatina da Folha, novembro de 2005

PUBLICIDADE
Não faço porque não me convidam, pagam muito bem, é ótimo. Vejo esses anúncios aí dos bambambãs da TV atualmente, digo: "Puxa, ganhou dinheiro, ficou rico com esse comercialzinho". Fernanda Montenegro ganha uma fábula com cada comercial que faz. Não sei, não querem velho fazendo anúncio, não têm me convidado.
Na sabatina da Folha, em novembro de 2005


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