|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GASTRONOMIA
Natal com grife
Restaurantes e
chefs renomados
são opção para
uma ceia com
qualidade sem
sujar a cozinha
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
A idéia de oferecer uma ceia sem
passar horas em cima do fogão e
com a assinatura de um renomado chef seduz cada vez mais pessoas na época do Natal.
De Charlô Whately a Neka
Menna Barreto, de Sérgio Arno ao
francês Payard, ano após ano aumenta a quantidade de restaurantes e bufês consagrados que preparam a refeição natalina por encomenda.
O preço, claro, também é "de
grife". Alguns chegam a cobrar
mais de R$ 100 por cabeça em
"pacotes" para dez pessoas (leia
quadro abaixo).
O tradicional peru está lá, presente em praticamente todas as
ofertas. Mas também há outras alternativas, de pernil de javali a
peixe à moda árabe.
"É difícil quebrar uma tradição.
É como Páscoa sem ovo. Apesar
de ser uma receita antiga, o peru
faz parte da ceia e as pessoas gostam", justifica Sérgio Arno, 40, do
Alimentari. "Já tentamos fazer experiências com novidades, mas
não deu certo. A maioria quer
mesmo o básico", diz Charlô
Whately, 46, proprietário de bufê.
A busca, em São Paulo, por uma
ceia de grife levou o Payard a trazer da matriz em Nova York seus
pratos natalinos. O cardápio do
restaurante vem com torta de
champignon, terrine de foie gras,
peru com castanhas e bûches de
Noel (espécie de tortas). "Principalmente a entrada e os bûches
são inspirados na tradição francesa", explica Filinto Moraes, 46, sócio-proprietário do Payard.
Uma curiosidade: esses chefs
preparam a ceia, mas não gostam
muito do que fazem. "Não sou
muito fã de comida natalina. Mas
acabo comendo", diz o francês
Christian Formon. Mesma opinião tem a banqueteira Gladys
Demétrio, responsável pelo jantar
oferecido pela prefeita de São
Paulo Marta Suplicy ao namorado, o argentino Luis Favre. "Não
sou muito amiga [do tipo de comida", não." Arno afirma que só
come peru "se for assado corretamente e não for seco".
Para fugir do tradicional em
pratos brasileiros, o Arabia traz
em seu cardápio o tradicional das
mesas árabes, como homus, babaganuj, mhamara (pasta de pimentão vermelho e nozes), peixe
Tajen (filé de badejo com molho
tarator e snobar), pernil de cordeiro com oozi (arroz com carne
de cordeiro moída, ervilha fresca
e snobar), peito de frango recheado com figo seco no molho de tamarindo e charuto de uva.
Para os chefs, o trabalho poupado em casa compensa o preço pago pelas ceias de grife. "É muita
gente para comer e, hoje, ninguém tem empregada", diz Arno.
Doces
Docerias e chocolaterias também estão com sugestões especiais para o Natal. Para os apreciadores de chocolate, a Choisie
Chocolaterie (tel. 0/xx/11/5536-4522) montou uma árvore natalina feita com bombons de chocolate meio amargo, ao leite e branco, de cerca de um quilo, a R$ 210.
A Brunella (tel. 0/xx/11/3085-5554) oferece uma linha de chocolates com a forma do Papai
Noel em vários tamanhos, de R$
1,50, o menor, a R$ 56,40. Na Boulangerie DeliParis (tel. 0/xx/11/
3816-5911), o destaque fica para o
bûche de Noel, uma espécie de
tronco de árvore feito de biscuit
com creme e cobertura e recheio
de vários sabores, como chocolate, café ou avelã. Preço: R$ 28.
Texto Anterior: Crítica: Perigo do parentesco é evitado Próximo Texto: Mundo gourmet - Josimar Melo: Senzala tem pompa com cozinha de lanchonete Índice
|