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Para DJs, feeling da pista supera técnica
DA COLUNISTA DA FOLHA
Apesar de a maioria dos DJs
profissionais ainda não usarem
seus iPods para tocar em clubes,
eles vêem com bons olhos a possibilidade de qualquer um poder
brincar de DJ. E acreditam que
muitos dos que hoje tocam por
farra podem se profissionalizar.
"Não uso iPod para tocar porque não dá para mexer na velocidade da música. Mas disco eu já
deixei de usar faz tempo. Só trabalho com laptop. Viajo sem levar
nenhum disco", diz o pernambucano DJ Dolores, um dos brasileiros com carreira mais forte no exterior no momento. Segundo ele,
"o instrumento de trabalho não é
o medidor da qualidade do DJ, o
que interessa é o seu feeling".
Gil Bárbara, residente do Vegas,
concorda e usa o iPod quando toca rock. "Com música eletrônica é
diferente. A costura entre as faixas
é importante. Agora, em noites de
rock, as pessoas estão mais preocupadas com as músicas que vão
ouvir. Então, levo CDs e o iPod e
acho prático e divertido."
Ele também se diverte com as
noites do Vegas onde qualquer
um pode tocar seu iPod (elas foram interrompidas, mas voltam
amanhã, no jardim do clube).
"Muito moleque começa a tocar
por brincadeira, mas pode sair
coisa boa dali se a pessoa tiver
bom gosto musical", afirma
Luca Lauri ainda não se atreve a
tocar com iPod em clubes. Mas
não descarta a possibilidade.
"Gosto de tocar com vinil. Mas é
claro que vai ser ótimo se um dia
eu tocar só com o iPod. No mínimo, vou deixar de carregar três
quilos de disco", diz.
Lauri usa o iPod para tocar em
casa de amigos. "Aí é diferente,
toco com iPod e CD. Claro que facilita. E com um iDJ vai ser ótimo.
Você pode fazer festa em qualquer lugar. Só não concordo com
essa coisa de levar playlist pronta.
O DJ precisa sentir a pista. É isso
que mostra se ele é bom ou não."
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