São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Zé do Caixão leva 7 prêmios em Paulínia

DA ENVIADA A PAULÍNIA

"Encarnação do Demônio", de José Mojica Marins, foi eleito o melhor filme do I Festival Paulínia de Cinema pelo júri oficial e também pelo da crítica.
O longa de Mojica, que completa a trilogia do personagem Zé do Caixão -ao lado de "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964) e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967)- recebeu ainda os prêmios de melhor fotografia (José Roberto Eliezer), montagem (Paulo Sacramento), direção de arte (Cássio Amarante), trilha (André Abujamra e Marcio Nigro) e edição de som (Ricardo Reis).
Quando apresentou o filme na disputa, na última quarta-feira, Mojica disse haver "atravessado todos os estágios do absurdo" para realizá-lo. O primeiro roteiro de "Encarnação do Demônio" é de 1966.
A sessão em Paulínia provocou a evasão de parte da platéia, durante as cenas em que Zé do Caixão impõe as torturas mais sangrentas às suas vítimas. As mesmas passagens foram aplaudidas pelos espectadores que permaneceram na sala.
"Encarnação do Demônio" traz sexo sob tempestade de sangue, mutilações, escalpamento, tortura com baratas, ratos, aranhas e um porco -tudo em cores e com rico acabamento da premiada fotografia de Eliezer. A estréia nos cinemas está prevista para o dia 8/8.
Entre os demais concorrentes, "Os Desafinados", de Walter Lima Jr., ficou com o Prêmio Especial do Júri (para Lima Jr.) e os de melhor atriz (Cláudia Abreu) e ator coadjuvante (Ângelo Paes Leme).
O público elegeu "Alucinados", de Roberto Santucci, como melhor ficção.
"Feliz Natal", que deu a Selton Mello o prêmio de direção, levou também o de atriz coadjuvante, dividido entre Darlene Glória e Graziella Moretto. É de supor que o júri não viu no filme uma atriz principal.
"Pequenas Histórias", de Helvécio Ratton, recebeu os prêmios de melhor ator (Paulo José) e roteiro (Ratton), enquanto "Onde Andará Dulce Veiga?", de Guilherme Almeida Prado, teve o melhor figurino (Fabio Namatame). O melhor documentário, para o júri oficial e o popular, foi "Simonal -Ninguém Sabe o Duro que Dei", de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Michael Langer.


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