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"O espaço é forte nas duas mostras"
DA REPORTAGEM LOCAL
Leia a seguir trechos da
conversa de Paulo Almeida com a Folha.
(MG)
FOLHA - Você conhecia o trabalho de Batchelor?
PAULO ALMEIDA - Sim, conhecia, foi um prazer a
mais reproduzir nas minhas telas o trabalho dele
na galeria. Mas a minha
obra independe de eu ter
afinidade com o que é representado.
FOLHA - Quais as diferenças
dessa sua série para seus outros trabalhos?
ALMEIDA - A principal é
que as pinturas anteriores
ficavam no mesmo espaço
em que eu as representava. Nessa mostra, elas estão em um espaço anexo, o
estúdio, o que faz com que
haja um deslocamento
muito interessante.
FOLHA - Qual a importância
da cor nas suas telas?
ALMEIDA - A cor não interfere tanto no meu trabalho. Ela é importante nas
esculturas do Batchelor
porque o principal é que
ela "vaza" em forma de luz.
Mas vejo o espaço como
mais forte tanto na exposição da obra dele quanto na
minha, já que há um vazio
grande na sala principal da
Leme, projetada pelo Paulo [Mendes da Rocha] com
um grande pé-direito, e
que faz com que minhas
telas destaquem essa amplitude do espaço.
FOLHA - Você vê suas telas
mais ligadas à arte conceitual?
ALMEIDA - Sim, porque eu
pinto situações, que duram um tempo definido.
Não dá para o galerista pedir, por exemplo, mais telas, porque o número de
trabalhos que faço é só o
que vai ser exposto.
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