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São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 2003

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Reedição traz embrião de Erico Verissimo

EMILIANO URBIM
DA REDAÇÃO

Prosseguindo com o plano da editora Globo de lançar edições revistas de toda a obra do escritor gaúcho Erico Verissimo (1905-1975), chega às livrarias "Música ao Longe" (1935). É o terceiro dos sete romances da primeira fase do autor, conhecida como "a dos romances urbanos sobre os dramas da pequena-burguesia".
Nesta continuação de "Clarissa" (1933), escrita em 20 dias para disputar (e vencer) um prêmio literário, estão presentes elementos que fazem do livro uma espécie de embrião da trilogia "O Tempo e o Vento" (1949-62), obra-prima de Verissimo que conta 200 anos da história do Rio Grande do Sul.
A história se passa em Jacarecanga, cidade inventada, interiorana e gaúcha, como Santa Fé, de "O Tempo e o Vento", e Antares, de "Incidente em Antares". Lá mora Clarissa, uma professora de 16 anos apaixonada pelo primo rebelde Vasco. Através do diário da moça vemos o cotidiano de sua família, os Albuquerque, antes donos de Jacarecanga e hoje endividados e decadentes.
No prefácio da edição de 1961 (incluído nesta), Verissimo chama "Música ao Longe" de "medíocre", lamentando justamente que "o descalabro moral e econômico" dos Albuquerque fosse comentado por Clarissa. Seria "a principal fraqueza da obra", diz.


MÚSICA AO LONGE. De: Erico Verissimo. Editora: Globo. Quanto: R$ 28 (224 págs.).


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