São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

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Livro de Jorge Amado levou francês a Salvador

DA REPORTAGEM LOCAL

O parisiense Pierre Verger (1902-1996) virou um dos maiores conhecedores da cultura afro-brasileira quase por acaso. Em 1946, depois de ter viajado por 15 anos por vários pontos do globo, ter sido correspondente de guerra na China da revista "Life" e encarregado de fotografia no Museu do Homem, em Paris, a leitura de "Jubiabá", de Jorge Amado, o levou a Salvador, em 1946.
Foi paixão à primeira vista. Do seu navio, vendo a Baía de Todos os Santos, Verger disse: "A alegria era tamanha a bordo que se mostrou inútil tentar dormir até o amanhecer", relatou em "Retratos da Bahia", livro que acaba de ser relançado (ed. Corrupio, R$ 220).
"Verger foi o pai fundador da antropologia visual", diz o poeta e antropólogo baiano Antonio Risério. Em 1953, em uma visita ao Daomé (atual Benin), foi iniciado no candomblé e ganhou o nome de "Fatumbi", que incorporou até a morte.
"Seu olhar é amplo e universal. A extensão do seu trabalho é magnífica", afirma Emanoel Araújo, ex-diretor da Pinacoteca e curador do Museu Afro Brasil. (MG)


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