São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2005

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DVDTECA FOLHA

Coleção vai reunir filmes vencedores do Oscar e de outros prêmios internacionais

"A Vida É Bela" começa projeto neste domingo

DA REDAÇÃO

"A Vida É Bela", de Roberto Benigni, é o primeiro filme a ser lançado pela DVDteca Folha neste domingo. Vencedor de três Oscars em 1999 -melhor filme estrangeiro, trilha original e ator- e do Prêmio Especial do Júri, em Cannes, foi dos filmes italianos mais vistos nos últimos tempos. Em dezembro de 1997, já havia arrecadado uma renda mundial de US$ 93 milhões (R$ 238 milhões).
Em Arezzo, no final dos anos 30, o otimista Guido (Benigni) faz as maiores loucuras para conquistar sua amada Dora (Nicoletta Braschi, que é mulher dele na vida real). Anos depois, conquistada a mulher e com filho de cinco anos, Giosué (Giorgio Cantarini), Guido quer largar o trabalho de garçom e abrir uma livraria.
A segunda parte troca o tom puramente cômico pela tragicomédia, com os nazistas chegando à Itália e prendendo os judeus. O casal é separado e Guido e Giosué são enviados para um campo de concentração. Sabendo dos horrores que acontecem ali, ele usará a imaginação para poupar seu filho dos horrores daquele lugar, dizendo que ali é uma colônia na qual eles estão competindo para receber como prêmio um tanque.
Guido e Giosué cativaram as platéias do mundo todo, de fato. Benigni testou mais de mil crianças antes de encontrar Giorgio Cantarini, que o convenceu quando apareceu vestindo um casaco que o fazia parecer um encantador palhaço. O menino lhe contou sobre o sonho que havia tido na noite anterior, no qual sabia que seria chamado para um filme.
Mas essa visão tragicômica sobre um assunto como o Holocausto gerou certa polêmica na época. Alguns detestaram o tom empregado por Benigni. Outros, como o rabino Henry Sobel, gostaram. "O filme suaviza o Holocausto e não retrata as atrocidades, mas ele não pretende ser um documentário sobre o nazismo. É só um relato sobre o amor e o espírito humano", disse ele à Folha.
Benigni respondeu às reclamações: "Porque é um filme antidramático, porque a vida é bela e até no horror se pode encontrar a semente da esperança, que resiste a tudo, a qualquer destruição".


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