COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A volta do grupo O Terço terá aspecto de superprodução. Será um show especialmente produzido para fãs, como afirma a produtora Analu Paredes, 39, uma das responsáveis pela turnê que a banda inicia no dia 4 de maio, no Canecão, no Rio de Janeiro.
Na ocasião serão gravados um CD e um DVD do show ao vivo, que serão lançados pelo selo Elemental Arts e pela BR Plus, ambos produtos independentes. O DVD também terá cenas dos ensaios de reencontro dos três integrantes, tudo registrado sob a tutela de Paulo Henrique Castanheira, ex-diretor da Rede Globo.
Em São Paulo, o grupo se apresenta no dia 9 de junho, no DirecTV Music Hall, e depois segue para Belo Horizonte, onde faz um show no dia 17.

Homenagens
O show do Rio terá participações de gente que já trabalhou com o Terço, como Ruriá Duprat e César de Mercês, além de Marcus Vianna com o violino e da entrada de um quarteto de cordas para acompanhar o grupo em algumas músicas.
Nos ensaios, Flávio Venturini tem sido auxiliado por seu iPod (o MP3 Player que virou coqueluche) para relembrar as músicas que integrarão o show. Pelo "set list" inicial, que ainda deve sofrer mudanças até o dia da estréia, serão 18 músicas. A abertura será com "1974", do próprio Venturini, e o bis, que fechará a noite, com "Hey Amigo", composição de Mercês, ambas canções que integram o álbum "Criaturas da Noite", de 1975, considerado o melhor do grupo.
A viúva de Luiz Moreno, baterista da formação clássica do Terço na década de 70, Irinéa Maria, acompanha o trabalho de perto. Ela prepara um livro, sem data para lançamento, sobre o surgimento do grupo. Para isso, tem ido a alguns ensaios da banda e realizado entrevistas com os integrantes para compor sua pesquisa.
Para fazer as vezes de Moreno, o grupo convidou o baterista Sérgio Melo, 33, que já tocou com Paulo Ricardo. "Eu conhecia as principais músicas deles, como fã, mas agora já peguei tudo e estamos nos preparando para os shows", conta o músico, que começou a ensaiar com o trio na semana passada.
A partir de agora, os integrantes do Terço pretendem resgatar composições antigas e começar a compor novamente. Segundo Hinds, cada um deve manter suas carreiras em separado, porém retomando os encontros que haviam se tornado raros para reviver o período que os consagrou como parte da história da música brasileira. (MB)


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