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FESTIVAL DE CANNES
Grupo leva 19 produções para negociação no evento que começa hoje
Brasil faz campanha para filmes
ALCINO LEITE NETO
ENVIADO ESPECIAL A CANNES
Uma campanha publicitária
inédita vai promover o cinema
brasileiro no 55º Festival de
Cannes, que será aberto hoje
com a exibição de "Hollywood
Ending", de Woody Allen, e termina no dia 26 de maio.
Planejada pelo Grupo Novo
de Cinema e TV, que vende produções brasileiras no exterior, a
campanha inclui a exibição de
19 filmes, um estande promocional de 36 m2 no Palácio dos
Festivais, a projeção de imagens
do cinema do país em telões nas
ruas de Cannes e publicidades
em periódicos como "Variety" e
"Screen Internacional".
São estratégias básicas para
tornar os produtos conhecidos
no mercado mundial, mas que
não vinham sendo realizadas
pelo cinema brasileiro, explica
Tarcísio Vidigal, 52, presidente
do grupo. "O mercado internacional de cinema está sendo
conquistado aos poucos pelo
Brasil, país que há poucos anos
nem tinha muitos filmes para
exibir. Precisamos trabalhar
pensando ao mesmo tempo no
presente e no futuro, na venda
imediata dos filmes existentes e
na fixação de um espaço constante no exterior. É coisa para
médio e longo prazo", diz.
O crescimento da distribuição
internacional aumenta, naturalmente, com a implementação
da produção interna. O grupo
participou em 1999 de menos de
cinco eventos internacionais.
Em 2001, esteve presente em 25
festivais e feiras de filmes. Em
2000, fez negócios da ordem de
US$ 400 mil. As vendas em 2002
podem chegar a US$ 2 milhões.
As vendas também dependem
da qualidade dos filmes. "O Invasor" já foi negociado com Israel e França, onde será lançado
com 20 cópias. Um importante
acerto com a Inglaterra deve ser
realizado em Cannes. "Lavoura
Arcaica" entrou na segunda semana de sucesso em Buenos Aires e é um dos filmes que prometem comercialmente durante o festival francês.
"Cannes é a maior vitrine
mundial do cinema e, para o
Brasil, é muito importante marcar presença", diz a executiva de
vendas Alessandra Durso.
O grupo não distribui os dois
brasileiros que participam da
seleção oficial -"Cidade de
Deus", de Fernando Meirelles, e
"Madame Satã", de Karim Aïnouz. Ambos entrarão para o
catálogo de companhias internacionais, como a Miramax.
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