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Tendas reagrupam turmas dos clubes
DA REPORTAGEM LOCAL
"Eu sou do psy", bradava Thiago Marques, em frente ao palco
Tribe, comemorando a criação de
um espaço dedicado ao gênero
psy-trance nesta edição do Skol
Beats. Para, em seguida, apontar
vários rostos familiares que o cercavam: "Tudo "brother" que eu vejo em rave, na Tribe e na Xxxperience, principalmente".
Assim como Thiago, outros entusiastas da música eletrônica
também tiveram a chance de reconhecer comparsas de clubes e
raves, de acordo com suas afinidades musicais.
As tendas DJ Marky & Friends
(drum'n'bass), DJ Mag (house e
progressive) e The End (tecno e
tech-house), apesar de próximas
umas às outras, acabaram dividindo galeras de festas pontuais e
clubes específicos da cena paulistana.
Em particular a tenda DJ Marky
& Friends, em sintonia com a turma do hip hop, embalada pelas
bem realizadas parcerias entre
MCs e DJs de drum'n'bass.
"Trombo com esses caras direto",
apontou André Antônio. "Aqui
tem mais gente da periferia. Aqui
o "street" predomina. Hoje o
drum'n'bass não tem muito espaço em São Paulo, mas a galera
continua a mesma", completou.
Na The End, não deu outra: habituês dos clubes Vegas e D-Edge
embalaram seus passos juntos, ao
som principalmente de minimal,
variação do tecno defendida por
Loco Dice e que encontra refúgio
nesses dois clubes. "Em certos
momentos, a sensação é de estar
num ambiente muito parecido
com o dos clubes", defende Graziela Rodrigues, publicitária.
Na DJ Mag, por sua vez, muita
gente dos clubes Sirena (que fica
em Maresias e reúne um público
de mauricinhos e surfistas) e do
Clube A. "É uma galera, tipo, com
cara de Itaim", ironiza Paula Santiolo, em referência ao perfil do
bairro paulistano.
A ironia dá dica de certa rivalidade entre as turmas. A "galera do
psy-trance", por exemplo, "sofre
de muitos preconceitos por parte
de outras turmas", segundo o estudante de cinema Guilherme Rocha, 21. "Dizem que o pessoal do
trance só tem gente "locona'", tenta explicar o rapaz.
Rivalidade pequena. Só para dar
um pouco mais de molho ao caldeirão de mais de 59 mil pessoas.
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