São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 2006

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Cinema

Fofoca impusiona comédia romântica

Suposta relação entre os protagonistas Owen Wilson e Kate Hudson em "Dois É Bom, Três É Demais" atrai mídia dos EUA

Wilson, que teria sido pivô da separação da atriz, vive um adolescente tardio no filme que entra em cartaz hoje em São Paulo


TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

"Dois É Bom, Três É Demais" ficou em segundo lugar nas bilheterias norte-americanas quando entrou em cartaz nos EUA, no dia 15 de julho, exatamente um ano depois de "Penetras Bom de Bico" ("Wedding Crashers"), até hoje o filme de maior sucesso protagonizado por Owen Wilson.
Nada mal, considerando que a comédia com o ator de nariz quebrado não era uma superprodução do porte de "Piratas do Caribe 2", que estreara na semana anterior e que acaba de ultrapassar a barreira do bilhão de dólares.
A crítica norte-americana foi quase unânime em dizer que "Dois É Bom, Três É Demais" era mais das mesmas comédias românticas em que os protagonistas são meninões de 30 a 40 anos que se recusam a crescer.
Owen Wilson realmente se repete como o homem que não quer virar adulto, mais ou menos como havia feito em "Penetras Bons de Bico". Dessa vez, porém, vai viver com seu melhor amigo (Matt Dillon), que acaba de se casar (com Kate Hudson).
Mas o filme foi bem de bilheteria e seguiria o curso natural dos longas sem maiores apelos lançados pelos grandes estúdios americanos nos últimos anos: recupera o investimento nas bilheterias americanas, gera lucro nas bilheterias mundiais, depois há o lançamento do DVD com vários extras e finalmente é exibido na TV -tudo sem mudar a história da humanidade, muito menos a história do cinema.
O roteiro contou com a ajuda de Owen Wilson para azeitar os diálogos. O ator já havia trabalhado como co-roteirista nos três primeiros longas de Wes Anderson ("Bottle Rocket", "Três É Demais" e "Os Excêntricos Tenenbaums"). A direção é dos irmãos Joe e Anthony Russo, da série "Arrested Development".

Boataria
Um mês e US$ 54 milhões de bilheteria depois, porém, o filme voltou a ser notícia, ou melhor, fofoca: Wilson teria sido o pivô da separação de Kate Hudson com o roqueiro Chris Robinson, da banda Black Crowes. A atriz já tomou as medidas de praxe, negou tudo, menos a separação, contratou um advogado para processar os tablóides todos e faz questão de aparecer a pelo menos dois países de distância do colega, que continua viajando o mundo para as premières do filme, cuja trama bem lembra a história dos tablóides.
Kate é Molly no filme, uma menina rica e mimada que decide se casar com o personagem de Matt Dillon (Carl). Dupree (Owen) é o amigo do noivo que perde o emprego e o apartamento e acaba se mudando para o sofá da sala do casal, o que no começo irrita a mocinha.
Aos poucos, no entanto, começa a se encantar com o jeito livre e sem regras com que ele leva a vida, os dois viram melhores amigos e provocam uma crise de ciúme no marido.
"Kate Hudson é uma ótima atriz, uma colega adorável e além de tudo linda", disse Owen Wilson à Folha em Los Angeles. "Estou pronto para encontrar alguém por quem eu me apaixone muito, me casar e começar uma família" completou, dando a entender que estaria pensando em se casar com a italiana Francesca Versace, sobrinha de Donatella (dona da griffe Versace), com quem teve um breve namoro.
Enquanto isso, Kate Hudson anunciava sutilmente que havia problemas em sua relação com o marido roqueiro. "Eu adoraria poder dizer que meu casamento vai durar para sempre, mas não posso garantir."
E ainda: "É difícil e maravilhoso trabalhar com o Owen Wilson. Difícil porque ele me faz rir o tempo inteiro, e maravilhoso porque ele é um grande ator e um ótimo amigo".


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