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Cinema
Fofoca impusiona comédia romântica
Suposta relação entre os protagonistas Owen Wilson e Kate Hudson em "Dois É Bom, Três É Demais" atrai mídia dos EUA
Wilson, que teria sido pivô da separação da atriz, vive um adolescente tardio no filme que entra em cartaz hoje em São Paulo
TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
"Dois É Bom, Três É Demais"
ficou em segundo lugar nas bilheterias norte-americanas
quando entrou em cartaz nos
EUA, no dia 15 de julho, exatamente um ano depois de "Penetras Bom de Bico" ("Wedding Crashers"), até hoje o filme de maior sucesso protagonizado por Owen Wilson.
Nada mal, considerando que
a comédia com o ator de nariz
quebrado não era uma superprodução do porte de "Piratas
do Caribe 2", que estreara na
semana anterior e que acaba de
ultrapassar a barreira do bilhão
de dólares.
A crítica norte-americana foi
quase unânime em dizer que
"Dois É Bom, Três É Demais"
era mais das mesmas comédias
românticas em que os protagonistas são meninões de 30 a 40
anos que se recusam a crescer.
Owen Wilson realmente se
repete como o homem que não
quer virar adulto, mais ou menos como havia feito em "Penetras Bons de Bico". Dessa vez,
porém, vai viver com seu melhor amigo (Matt Dillon), que
acaba de se casar (com Kate
Hudson).
Mas o filme foi bem de bilheteria e seguiria o curso natural
dos longas sem maiores apelos
lançados pelos grandes estúdios americanos nos últimos
anos: recupera o investimento
nas bilheterias americanas, gera lucro nas bilheterias mundiais, depois há o lançamento
do DVD com vários extras e finalmente é exibido na TV -tudo sem mudar a história da humanidade, muito menos a história do cinema.
O roteiro contou com a ajuda
de Owen Wilson para azeitar os
diálogos. O ator já havia trabalhado como co-roteirista nos
três primeiros longas de Wes
Anderson ("Bottle Rocket",
"Três É Demais" e "Os Excêntricos Tenenbaums"). A direção é dos irmãos Joe e Anthony
Russo, da série "Arrested Development".
Boataria
Um mês e US$ 54 milhões de
bilheteria depois, porém, o filme voltou a ser notícia, ou melhor, fofoca: Wilson teria sido o
pivô da separação de Kate Hudson com o roqueiro Chris Robinson, da banda Black Crowes.
A atriz já tomou as medidas de
praxe, negou tudo, menos a separação, contratou um advogado para processar os tablóides
todos e faz questão de aparecer
a pelo menos dois países de distância do colega, que continua
viajando o mundo para as premières do filme, cuja trama
bem lembra a história dos tablóides.
Kate é Molly no filme, uma
menina rica e mimada que decide se casar com o personagem
de Matt Dillon (Carl). Dupree
(Owen) é o amigo do noivo que
perde o emprego e o apartamento e acaba se mudando para o sofá da sala do casal, o que
no começo irrita a mocinha.
Aos poucos, no entanto, começa a se encantar com o jeito
livre e sem regras com que ele
leva a vida, os dois viram melhores amigos e provocam uma
crise de ciúme no marido.
"Kate Hudson é uma ótima
atriz, uma colega adorável e
além de tudo linda", disse
Owen Wilson à Folha em Los
Angeles. "Estou pronto para
encontrar alguém por quem eu
me apaixone muito, me casar e
começar uma família" completou, dando a entender que estaria pensando em se casar com a
italiana Francesca Versace, sobrinha de Donatella (dona da
griffe Versace), com quem teve
um breve namoro.
Enquanto isso, Kate Hudson
anunciava sutilmente que havia problemas em sua relação
com o marido roqueiro. "Eu
adoraria poder dizer que meu
casamento vai durar para sempre, mas não posso garantir."
E ainda: "É difícil e maravilhoso trabalhar com o Owen
Wilson. Difícil porque ele me
faz rir o tempo inteiro, e maravilhoso porque ele é um grande
ator e um ótimo amigo".
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