Cantor e compositor britânico naturalizado americano se apresenta nesta sexta em SP

DE SÃO PAULO

"Sou eu mesmo quem você quer." A voz ao telefone denuncia que os anos podem ter passado para Peter Frampton, mas o charme com o qual ele conquistou garotas na década de 1970 definitivamente não.
O cantor e compositor se apresenta em São Paulo na próxima sexta. Ele esteve no Brasil em 1980, 1982 e 1995. "Eu me lembro mais da última vez. A plateia é ótima", disse à Folha.
Com mais de 6 milhões de cópias vendidas somente nos EUA, é dele o recorde de vendas de disco ao vivo em todos os tempos: "Frampton Comes Alive", de 1976. "E ainda está vendendo", diz.
Apesar do sucesso, ele gravou apenas quatro álbuns nas últimas três décadas -"Thank You Mr. Churchill" é o mais recente, lançado neste ano.
"Parei porque não me sentia mais inspirado", afirma. Frampton reconhece ter se perdido durante anos no abuso de álcool e drogas.
O retorno aconteceu em 2007, quando ganhou um Grammy pelo álbum "Fingerprints". "Ele foi muito importante pra mim. Ainda estou empolgado", diz.
Foi um momento de mudança para o cantor, que também decidiu se naturalizar americano após os atentados de 11 de Setembro. "Moro nos Estados Unidos há mais tempo do que vivi na Inglaterra", afirma.
Aos 60, com cabelos grisalhos e óculos de grau, Frampton não parece se incomodar com a idade. "Todo mundo envelhece. E o curso natural da vida. Eu sinto que hoje estou no meu melhor momento", afirma. (CAROL NOGUEIRA)

PETER FRAMPTON
ONDE Via Funchal (r. Funchal, 65, tel. 0/xx/11/2144-5444)
QUANDO sexta, às 22h
QUANTO de R$ 140 a R$ 300
CLASSIFICAÇÃO 12 anos


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