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crítica
Banda atira para todos os lados e acerta
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que apareceu,
no início dos anos
2000, o Keane é
comparado a Travis, Coldplay e outras bandas de pop
adocicado. Meio injustiça, já
que esse trio faz baladas muito mais ensolaradas do que
os outros.
Se o primeiro álbum trouxe bem-comportados hits radiofônicos como "Somewhere Only We Know" e "Everybody's Changing"; se o segundo foi puxado pela rápida
"Is It Any Wonder?", este
"Perfect Symmetry" mostra
o Keane atirando em várias
direções -e, muitas vezes,
acertando o alvo.
Com orquestração grandiosa, "Spiralling" não fica
longe do Queen; os sintetizadores de "Lovers Are Losing"
nos carregam aos anos 80;
"You Haven't Told Me Anything" traz bom beat de bateria; "Better than This" é claramente inspirada nos momentos dançantes de Bowie.
Há um excesso de piano,
de teclados às vezes meio cafonas, às vezes meio frouxos,
que causam certa irritação.
Mas a banda dribla as falhas, com canções que elevam o espírito, como "Again
and Again" e "Pretend that
You're Alone".
PERFECT SYMMETRY
Artista: Keane
Gravadora: Universal
Quanto: R$ 30, em média
Avaliação: bom
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