São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Indiscreto, livro contextualiza obra do cantor

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi na coletiva de lançamento de "Duetos", na última segunda, dia 11, que Roberto declarou: sentiu-se agredido, ofendido e violado com a recém-lançada biografia "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo César de Araújo.
Sua intenção agora, declarou, é processar o autor e a editora Planeta, que lançou o livro. Além de esmiuçar abertamente todos os aspectos musicais da carreira de Roberto, a biografia também vai fundo nas histórias pessoais.
A coluna Mônica Bergamo de ontem relacionou temas que icomodaram o Rei -que se juntaram a outros levantados pela Ilustrada (veja trechos do livro abaixo).
Mas, além de contar indiscrições, o livro também faz uma importantíssima contextualização do músico dentro do universo da música brasileira.
Se hoje Roberto lança DVD em que dueta com artistas da estatura de Milton Nascimento, Tom Jobim e Caetano Veloso é porque passou por processo de "aceitação" dentro da MPB, que o autor da recém-lançada biografia relata bastante bem.
Nos anos 60, quando era ícone jovem e ponta-de-lança do movimento Jovem Guarda, Roberto era execrado por uma ala de "autênticos" músicos brasileiros, como Elis Regina e Geraldo Vandré. Mas Araújo mostra o quanto o músico foi influente para a criação do tropicalismo (em "Baby", Caetano atende sugestão de Maria Bethânia e fala "daquela canção do Roberto"), para o desenvolvimento de uma cultura pop no país e para a popularização da imagem do cantor-compositor -hoje comum, mas, na época, uma raridade. (RE)


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