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Indiscreto, livro contextualiza obra do cantor
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi na coletiva de lançamento de "Duetos", na última segunda, dia 11, que
Roberto declarou: sentiu-se agredido, ofendido e
violado com a recém-lançada biografia "Roberto
Carlos em Detalhes", de
Paulo César de Araújo.
Sua intenção agora, declarou, é processar o autor
e a editora Planeta, que
lançou o livro. Além de esmiuçar abertamente todos
os aspectos musicais da
carreira de Roberto, a biografia também vai fundo
nas histórias pessoais.
A coluna Mônica Bergamo de ontem relacionou temas que icomodaram o Rei -que se juntaram a outros levantados
pela Ilustrada (veja trechos do livro abaixo).
Mas, além de contar indiscrições, o livro também
faz uma importantíssima
contextualização do músico dentro do universo da
música brasileira.
Se hoje Roberto lança
DVD em que dueta com
artistas da estatura de
Milton Nascimento, Tom
Jobim e Caetano Veloso é
porque passou por processo de "aceitação" dentro
da MPB, que o autor da recém-lançada biografia relata bastante bem.
Nos anos 60, quando era
ícone jovem e ponta-de-lança do movimento Jovem Guarda, Roberto era
execrado por uma ala de
"autênticos" músicos brasileiros, como Elis Regina
e Geraldo Vandré. Mas
Araújo mostra o quanto o
músico foi influente para a
criação do tropicalismo
(em "Baby", Caetano atende sugestão de Maria Bethânia e fala "daquela canção do Roberto"), para o
desenvolvimento de uma
cultura pop no país e para
a popularização da imagem do cantor-compositor -hoje comum, mas, na
época, uma raridade.
(RE)
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