São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2010

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OPINIÃO

Podem falar mal à vontade, mas Tom Cruise é um herói na vida real

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

Há quem ouça o nome Tom Cruise e pense que ele é baixinho, com apenas 1,70m. Há quem o veja pulando no sofá de Oprah e declarando desmedidamente seu amor por Katie Holmes. Há quem garanta que ele é gay. E há quem se lembre que ele é um herói na vida real.
Lá se vão quase 15 anos: era março de 1996 quando uma brasileira foi atravessar uma rua na faixa de pedestres em Los Angeles e foi atropelada por uma estrangeira. Caída no asfalto, Heloisa Vinhas assistiu chorando ao carro que a atropelou fugir. O carro seguinte parou e o motorista a acalmou, dizendo que ia ficar bem.
Era Cruise, que chamou uma ambulância e a acompanhou até o hospital. Disse que o anjo da guarda da moça era forte e não se foi até ver um raio X do joelho dela.
No dia seguinte o ator voltou para visitá-la e, dias depois, Heloisa recebeu balões parabenizando por seu aniversário de 23 anos. Ele pagou a conta de US$ 7.000.
"Ela estava lá, na rua... Foi muito chocante, e eu fiquei preocupado com ela, só isso", afirmou Cruise seis meses depois à Folha. E não foi só. Acompanhe o noticiário sobre o ator naquele ano.
Maio: Agente nega vinda de Tom Cruise ao Brasil!
Julho: Ator resgata duas crianças empurradas pela multidão de 3.000 pessoas na estreia de "Missão Impossível", em Londres.
7 de agosto: Cruise faz acordo com revista sensacionalista "Bunte" que inventou entrevista em que ele se declarava leitor fiel da mesma.
8 de agosto (essa merece letras garrafais): CRUISE RESGATA NÁUFRAGOS NA ITÁLIA!
"Cruise, sua mulher, Nicole Kidman, e os dois filhos estavam no barco Thalita G., perto da ilha de Capri, quando viram que o iate Sitaly pegava fogo. O Thalita G. foi a primeira embarcação a chegar ao local e resgatou um casal francês, sua filha e os dois marinheiros italianos."
Há os cínicos, que dirão simplesmente que Cruise busca autopromoção. Seja como for, Mel Gibson poderia aprender com ele.


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