JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Além do sucesso conquistado no planeta com os vinhos locais, os produtores chilenos estão crescendo também no mercado internacional com belos goles elaborados por eles em terras argentinas.
Uma das primeiras firmas a pousar do outro lado da cordilheira foi a Concha y Toro, que criou no fim dos anos 90 a Trivento -hoje segunda no ranking de exportação de vinhos finos do país. Entre os desembarques mais recentes, está o da Viña Montes, que tem o renomado enólogo Aurélio Montes como diretor técnico. Ele assina um portfólio que inclui rubros do primeiro time chileno, como o Folly, um delicioso syrah.
O braço platino da casa, encravado na província de Mendoza, é a Kaiken (nome de uma espécie de simpáticos gansos selvagens que habitam tanto o Chile quanto a Argentina), que estreou em 2002 e conta com tintos que merecem ser conferidos.
Entre eles (todos os vinhos são da safra 2004), estão os Kaiken, onde se destaca um malbec, que mescla fruta e especiaria num paladar redondo (87/100, R$ 34,13). Melhores ainda são os topo de gama da adega, os Ultra: um malbec denso, frutado, vivaz e com boa textura em boca e um cabernet sauvignon bem-estruturado, mas macio, marcado por cassis e baunilha, saboroso e persistente (ambos 89/100, R$ 67,28 (todos à venda na Vinci, tel. 0/xx/11/6097-0000).

BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
CISPLATINO 2005
Avaliação: 85/100
Bom para: massas, carnes grelhadas, frios Preço: R$ 22,40, na Mistral, tel. 0/xx/11/3072-3400

CORTE URUGUAIO
Tinto equilibrado, de bom corpo e conteúdo de fruta, elaborado com uvas tannat e merlot pela Pisano, uma das adegas de ponta do Uruguai.


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