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Coleção Folha estreia com obras de Darwin e Maquiavel
Livros fundamentais dos autores chegam às bancas no domingo, dia 19
"A Origem das Espécies" lançou a teoria da evolução; "O Príncipe" é uma brilhante reflexão sobre o papel do Estado
DE SÃO PAULO
Lado a lado, a obra que
mudou decisivamente o desenvolvimento da biologia e
aquela que fundou a ciência
política moderna.
"A Origem das Espécies",
de Darwin, e "O Príncipe", de
Maquiavel, são os dois primeiros volumes da Coleção
Folha Livros que Mudaram o
Mundo, que chega às bancas
no próximo domingo, dia 19.
"Estou plenamente convencido de que as espécies
não são imutáveis; convenci-me de que as espécies pertinentes ao que denominamos
de o mesmo gênero derivam
diretamente de qualquer outra espécie ordinariamente
distinta, do mesmo modo
que as variedades reconhecidas de uma espécie, seja qual
for, derivam diretamente
desta, convicto estou, enfim,
de que a seleção natural tem
desempenhado o principal
papel na modificação das espécies, embora outros agentes tenham-na igualmente
partilhado."
Assim o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) escreve na introdução
de "A Origem das Espécies",
de 1859, no qual apresenta a
base da teoria da evolução.
O livro abalou o pensamento da época ao contestar
a crença literal na criação divina tal como é apresentada
na Bíblia. Seus estudos buscam comprovar que a diversidade biológica é o resultado de um lento processo de
descendência e de seleção
natural, em que os organismos vivos se adaptam gradualmente ao ambiente, por
meio de inúmeras mutações.
Ele é o volume 1 da Coleção
Folha Livros que Mudaram o
Mundo. No lançamento em
bancas e para assinantes,
quem o comprar recebe de
graça o volume 2, que inclui
"O Príncipe" e "Escritos Políticos" de Maquiavel.
Nicolau Maquiavel (1469-1527) nasceu 340 anos antes
de Darwin, na cidade italiana
de Florença -a 1.400km de
distância de Shrewsbury, terra natal do cientista inglês.
Historiador, poeta, diplomata e músico, escreveu em
1513 "O Príncipe" -publicado postumamente, em 1532, e
de fundamental importância
na transformação da política
em ciência, ao abordar as
questões de Estado do ponto
de vista da eficácia das ações
e não dos princípios morais.
Em uma passagem célebre
da obra, ele conclui que, para
o governante, "é muito mais
seguro ser temido que amado", pois "os homens hesitam menos em ofender aos
que se fazem amar do que
aos que se fazem temer, porque o amor é mantido por um
vínculo de obrigação, o qual,
em virtude de serem os homens maus, é rompido sempre que lhe aprouver, ao passo que o temor que se infunde é alimentado pelo receio
de castigo, que é um sentimento que não se abandona
nunca".
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