São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Coleção Folha estreia com obras de Darwin e Maquiavel

Livros fundamentais dos autores chegam às bancas no domingo, dia 19

"A Origem das Espécies" lançou a teoria da evolução; "O Príncipe" é uma brilhante reflexão sobre o papel do Estado

DE SÃO PAULO

Lado a lado, a obra que mudou decisivamente o desenvolvimento da biologia e aquela que fundou a ciência política moderna.
"A Origem das Espécies", de Darwin, e "O Príncipe", de Maquiavel, são os dois primeiros volumes da Coleção Folha Livros que Mudaram o Mundo, que chega às bancas no próximo domingo, dia 19.
"Estou plenamente convencido de que as espécies não são imutáveis; convenci-me de que as espécies pertinentes ao que denominamos de o mesmo gênero derivam diretamente de qualquer outra espécie ordinariamente distinta, do mesmo modo que as variedades reconhecidas de uma espécie, seja qual for, derivam diretamente desta, convicto estou, enfim, de que a seleção natural tem desempenhado o principal papel na modificação das espécies, embora outros agentes tenham-na igualmente partilhado."
Assim o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) escreve na introdução de "A Origem das Espécies", de 1859, no qual apresenta a base da teoria da evolução.
O livro abalou o pensamento da época ao contestar a crença literal na criação divina tal como é apresentada na Bíblia. Seus estudos buscam comprovar que a diversidade biológica é o resultado de um lento processo de descendência e de seleção natural, em que os organismos vivos se adaptam gradualmente ao ambiente, por meio de inúmeras mutações.
Ele é o volume 1 da Coleção Folha Livros que Mudaram o Mundo. No lançamento em bancas e para assinantes, quem o comprar recebe de graça o volume 2, que inclui "O Príncipe" e "Escritos Políticos" de Maquiavel.
Nicolau Maquiavel (1469-1527) nasceu 340 anos antes de Darwin, na cidade italiana de Florença -a 1.400km de distância de Shrewsbury, terra natal do cientista inglês.
Historiador, poeta, diplomata e músico, escreveu em 1513 "O Príncipe" -publicado postumamente, em 1532, e de fundamental importância na transformação da política em ciência, ao abordar as questões de Estado do ponto de vista da eficácia das ações e não dos princípios morais.
Em uma passagem célebre da obra, ele conclui que, para o governante, "é muito mais seguro ser temido que amado", pois "os homens hesitam menos em ofender aos que se fazem amar do que aos que se fazem temer, porque o amor é mantido por um vínculo de obrigação, o qual, em virtude de serem os homens maus, é rompido sempre que lhe aprouver, ao passo que o temor que se infunde é alimentado pelo receio de castigo, que é um sentimento que não se abandona nunca".


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