São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011 |
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Coleção Folha traz drama de Vittorio de Sica neste domingo 'Os Girassóis da Rússia' reúne Sophia Loren e Marcello Mastroianni em trama de amor DE SÃO PAULO Clássico do italiano Vittorio de Sica, "Os Girassóis da Rússia" é o próximo lançamento da Coleção Folha Cine Europeu. A obra chega às bancas neste domingo, dia 18 de setembro. Junto ao DVD, há um livro com informações sobre o cineasta, sua obra e mais detalhes do longa. Rodado em 1970, o filme conta a vida do casal Antonio (Marcello Mastroianni) e Giovanna (Sophia Loren), cuja intensa história de amor é brutalmente interrompida quando ele é designado para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Antonio desaparece durante combate na Rússia. Não acreditando na possível morte do marido, ela decide procurá-lo por conta própria. E terá uma dura revelação. O longa traz uma comovente e inesquecível trilha sonora de Henry Mancini (1924-1994), além de ser uma rara produção ocidental a ter cenas filmadas na União Soviética em plena Guerra Fria. O grande trunfo da obra, contudo, é contar com os astros Marcello Mastroianni (1924-1996) e Sophia Loren interpretando o casal. "Os Girassóis da Rússia" não deixa de ser, assim, um "reencontro" entre De Sica (1901-1974) e sua história. Os dois atores já tinham participado de dois outros filmes do diretor: as comédias românticas "Ontem, Hoje e Amanhã" (1963) e "Matrimônio à Italiana" (1964). Muito querida pelo cineasta, Loren estrelou ainda outro filme dele: o forte drama "Duas Mulheres" (1960), que lhe renderia o Oscar de melhor atriz. DIRETOR E ATOR O apelo dramático deste "Os Girassóis da Rússia" é uma característica comum a vários trabalhos de De Sica. Ele dirigiu, entre outros, "A Culpa dos Pais" (1944), "Ladrões de Bicicleta" (1948) e "Umberto D." (1952). Os dois últimos são preciosos exemplos do neorrealismo do italiano, movimento cinematográfico que surgiu após a Segunda Guerra. Também em 1970 o cineasta lançou outro drama sensível e refinado: "O Jardim dos Finzi Contini". Confundindo-se com a própria história do cinema italiano entre os anos 1920 e 1970, De Sica assinou trabalhos como diretor, produtor e também ator. Foi um grande galã romântico e cômico nos anos 1930 e jamais largou a interpretação nas décadas seguintes. Sua melhor atuação talvez esteja em "De Crápula a Herói" (1959), em que interpreta um personagem bem destoante dos tipos simpáticos que fizera no passado. O filme foi dirigido por Roberto Rossellini (1906-1977), outro célebre cineasta italiano. Um dos grandes filmes de Rossellini também integra a Coleção Folha Cine Europeu: "Roma, Cidade Aberta" (1945) é o volume 17 da série e chega às bancas no dia 20/11. Texto Anterior: Banda britânica ajuda a dar clima de obras de Denis Próximo Texto: Crítica/Musical: Na telona, 'Glee' vira templo de redenção dos nerds Índice | Comunicar Erros |
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